
Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
O balão de ensaio foi lançado no começo do mês. O presidente Lula (PT) bateu nos preços dos automóveis e antecipou o que já vinha sendo montado no Governo: estimular a queda nos preços dos veículos. A frase era: "Qual pobre que pode comprar carro popular por R$ 90 mil? Um carro de R$ 90 mil não é popular. É para classe média", Ex-metalúrgico, dirigiu-se ao sindicalismo e às montadoras do ABC paulista. "Lula quer carros, País precisa de coletivos", era o título da Coluna do último dia 4.
Contudo, ao tempo em que põe um aditivo no tanque do segmento automotivo, o Governo dá de ombros para o transporte público e, pior, sangra o caixa de estados e municípios. A perda de potência é maior para quem mais depende das transferências federais constitucionais, o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Este último, boa parte da tração para as pífias economias de prefeituras de finanças 1.0 (sem turbo).
Sem cerimônia, o Planalto mira na redução dos preços pisando no freio do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o PIS/Cofins. Serão reduzidos de 1,5% a 10,96% para os automóveis com preço final de até R$ 120 mil. Ok, mas a composição do FPM é uma alíquota da arrecadação do Imposto de Renda (IR) mais o IPI. O montante transferido a cada decêndio é diretamente proporcional ao desempenho da arrecadação líquida desses impostos no decêndio anterior. No caso do FPM, corresponde a 22,5% da arrecadação líquida do IR e do IPI.
E ficamos assim. Zero estratégia para transporte público e ainda uma força para as montadoras multinacionais, além de uma marcha a ré para quem nem sonha em comprar um carro - nem sequer usado - as pessoas mais simples, mais dependentes do Poder Público.
Importante: nas capitais, quem mais perde é Fortaleza. Nos estados, quem mais perde é a Bahia. Depois, o Ceará. Poderia o Governo alegar que, havendo elasticidade, aumentam as vendas e a receita do ICMS sobe, subido também o compartilhamento com os municípios. Este cálculo cruzado precisa ser feito.
MIRA SÓ NO CENTRÃO
Um dia após a comissão mista formada por deputados e senadores que analisa a MP aprovar, com aval do Governo, mudanças que desidratam Marina Silva e Sônia Guajajara - ou melhor, os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas - e dão poder ao centrão, o presidente Lula (PT) agiu com o seu pragmatismo histórico. Disse ser "normal" o embate entre o Congresso e Marina. Afirmou que o Governo agora tem que "jogar" e negociar com o Legislativo. Ante a frieza do Governo, a militância petista ataca apenas o Centrão e vitimiza o Planalto.
DECOLAR
A Decolar aponta Fortaleza como líder na procura por clientes para as férias de julho, com base na busca por passagens nacionais e internacionais no site e app. Santiago (Chile) lidera no estrangeiro. Em segundo, aparece o Rio de Janeiro. Depois, Porto Alegre (3ª), Recife (4ª), Salvador (5ª), Porto Seguro (6ª), Maceió (7ª), Brasília (8ª), Natal (9ª) e João Pessoa (10ª).
Horizontais
Sem vc - Depois de três anos no comando do grupo de viagens CVC Corp, quando liderou a fase mais árida dos 51 anos da companhia, Leonel Andrade deixou a posição de CEO. Um dos mais respeitados nomes do setor, ele vinha acumulando o financeiro também, há 20 dias. Em comunicado, a CVC disse que ele saiu por questões pessoais.
Disruptiva - Começou ontem e acaba hoje, das 9h às 18h, o I Encontro Empresarial 2023 - Nordeste, realizado pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Ceará (Assespro). Com tema "Inovação Disruptiva", o evento tem palestras, visitas técnicas, reuniões e networking.
Prof. Fux - O Ibmec contratou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, para fazer parte do corpo docente do curso de graduação em Direito.
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