
Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
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O Governo do Estado insiste em manter o letreiro gigante "Liberdade" no Palácio da Abolição. O equipamento é um bem tombado e não orna com a intervenção. A decisão do governador Elmano de Freitas (PT) de remover o mausoléu Castello Branco, em homenagem ao primeiro presidente da ditadura militar, e criar a "galeria da liberdade" foi anunciada em 2023.
O espaço será oficialmente inaugurado nesta quarta-feira, às 9 horas, com a exposição “Negro é um rio que navego em sonhos”. O espaço terá como tema assuntos ligados aos direitos humanos e ao que o Governo chama de memória social.
O professor aposentado do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFC, José Hissa, escreveu sobre a intervenção. Ele ficou decepcionado com o que viu. Relembre aqui.
Em texto acerca do letreiro, disse Hissa: "A relação do objeto arquitetônico com o entorno deve ser sempre harmoniosa, até mesmo respeitosa, quando se trata de proximidade com monumentos, edifícios de relevância histórica, catedrais, conjuntos tombados, etc.
Certamente foi com esse rigor que o arquiteto Carvalho Araújo adotou um partido arquitetônico minimalista para o projeto do Museu da Imagem e Som, confrontado com o Palácio da Abolição e o Mausoléu Castelo Branco, situados do outro lado da avenida.
A face do museu voltada para o palácio é uma fachada cega de concreto aparente que confere ao edifício um diálogo sereno com o conjunto Palácio/Mausoléu.
Lamentavelmente faltou esse cuidado aos gestores do Governo quando pretenderam enfatizar a mudança do nome Mausoléu Castello Branco para Memorial da Liberdade. A inserção do imenso vocábulo "LIBERDADE" colado na fachada do mausoléu agride, de forma desastrosa, o arrojado balanço da obra do arquiteto Sergio Bernardes.
O logotipo "LIBERDADE" poderia ser implantado com a mesma tipologia e dimensões, em qualquer ponto dos jardins adjacentes, espelhos d’água ou qualquer outro local, preservando a integridade arquitetônica do Mausoléu'."
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