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Aliás, onde anda o Fortaleza 2040?
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Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará

Aliás, onde anda o Fortaleza 2040?

Entregue em 2016, o plano de longo prazo da Prefeitura para o desenvolvimento urbanístico, social e econômico anda sumido dos discursos e das mesas de discussões
Tipo Opinião
Foto: KAIO MACHADO- PMF "Esse plano foi construído a muitas mãos. Foi o esforço de mais de 11 mil pessoas, entre técnicos e cidadãos de Fortaleza", disse o então prefeito Roberto Claudio sobre o Fortaleza 2040, ao lado de Izoda Cela, Eudoro Santana, Camilo Santana, Zezinho Albuquerque e Antonio Cambraia

Qual foi a última vez que o distinto público ouviu falar no Fortaleza 2040? Pois é. Não se fala nele. A propósito, o que ele é mesmo? Em suma, um plano de longo prazo da Prefeitura para o desenvolvimento urbanístico, social e econômico. Coordenado por um arquiteto e compositor nas rubricas urbanismo e mobilidade, tem na letra o objetivo de transformá-la em um local mais justo, acessível e acolhedor. O plano é composto por estratégias para curto, médio e longo prazo e se estrutura em três eixos principais: o Plano Mestre Urbanístico, o Plano de Mobilidade e o Plano de Desenvolvimento Econômico e Social. Pois bem. Não se fala nele.

O Fortaleza 2040 é anterior ao desenho do Plano Diretor, em sua reta final de elaboração, com atraso de seis anos. É o resultado de três anos de pesquisas e trabalho coordenados pelo Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor) em parceria com a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC). Muita gente de qualidade envolvida, muito dinheiro investido, muitas boas ideias geradas para hoje não estar à mesa.

Na época de sua construção, houve uma concertação importante. Ainda que tenha sido gestado nos anos de Roberto Cláudio na Prefeitura, e apresentado por ele ao lado de Eudoro Santana - pai do então Iplanfor e de Camilo Santana - de Camilo e Izolda Cela, dentre outros, no palco do Theatro José de Alencar, em 20 de dezembro de 2016, foi tratado como peça do Município, não de uma gestão apenas.

Teve a participação de instituições públicas e privadas e de milhares de pessoas - população de diversos bairros, pesquisadores, técnicos, consultores e gestores. Eudoro definia como uma resposta do poder público, em "um estudo profundo da história da formação da cidade". Nele há detalhes sobre conjunto de ações, metas, responsabilidades e custos que deveriam ser seguidos pelas gestões futuras.

Os interesses mais fortes

Seguindo as linhas mestras, desenha-se um Plano Diretor, o coração do planejamento urbano. Mais do que um documento técnico, é uma peça de forte conotação política, econômica e social. Sua atualização segue um percurso pelo qual trafegam os diversos interesses, com as suas respectivas forças. Assim, muito naturalmente será mais provável ver a força maior da grana erguendo e destruindo coisas. Belas ou não, mas de seu interesse.

E este interesse raramente vai ao encontro de quem está mais preocupado com a ventilação do que com o Coeficiente de Aproveitamento de um terreno. Ou ainda com o desejo de uma rua com pedestres em vez de uma zona cega, por conta de um paredão de estacionamento (típico dos superprédios de hoje). Tampouco, com a preocupação com áreas verdes em vez de terminal logístico, caminhões e um punhado de dólares e empregos em um lugar onde nem aeroporto deveria haver.

Plano não precisa de dicotomia

Um plano diretor bem feito não é feito destas dicotomias. Pelo contrário,  estabelece regras capazes de gerar desenvolvimento, porém, sustentável. Concilia interesses econômicos e o interesse público em função do espaço urbano.

Aliás, na edição do O POVO desta segunda-feira, 20, o coordenador do Plano Mestre Urbanístico e de Mobilidade Fortaleza 2040, Fausto Nilo, escreve sobre o tema.

Petz e Cobasi: em discussão, o risco de concentração em pet shops

Audiência pública promovida na sexta-feira pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) - o órgão antitruste do Brasil - discutiu a fusão entre Petz e Cobasi e suscitou os riscos que a operação representa para a livre concorrência. A ONG Instituto Caramelo é uma das vozes contra a aprovação sem restrições. Durante a audiência, várias ONGs convidadas pela Petz e pela Cobasi se posicionaram em defesa delas. Destacaram parcerias e fornecimento de insumos. De todo modo, o ponto são os efeitos da fusão sobre a concorrência e o mercado pet. Pinky e Cérebro, ou melhor, Cobasi e Petz, têm uma cesta de argumentos a favor. Dentre os quais, a promessa de preços melhores, por conta da redução de custos. Também dizem que é uma forma de enfrentar as mordidas dos grandes marketplaces, como Amazon e Mercado Livre. Afirmam ainda que o mercado pet é muito pulverizado e fragmentado, o que afastaria o risco de monopólio. Quem rosna contra não acredita em nada disso. No mais das vezes, fusões são boas para quem se funde. E só. Embora a Superintendência-Geral do Cade tenha aprovado a operação sem restrições em junho passado, a Petlove (norte-americana do mercado digital de produtos pet) recorreu da decisão, levando o caso ao Tribunal do Cade. O Tribunal quer ouvir até a próxima sexta-feira 218 empresas do setor pet, como parte da análise. Depois bate o martelo.

TST condena pequena empresa por assalto de motorista

A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu o direito de um motorista da CDC Cargas e Transportes, empresa de pequeno porte de Guarulhos (SP), à indenização por ter sido vítima de um assalto à mão armada ao transportar mercadorias. O colegiado entendeu tratar-se de atividade de risco, e o empregador seria responsável pelos danos. Na reclamação, o motorista relatou que, enquanto transportava uma carga de tecidos na área de Guarulhos, foi abordado por criminosos, que o levaram a outro bairro com o revólver encostado na costela. O pedido de indenização foi negado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) e o motorista recorreu ao TST.

Missão portuguesa no Brasil

Entre segunda e sexta da semana que vem, o Brasil receberá uma missão empresarial da União Europeia. O comissário europeu da Agricultura e Alimentação, Christophe Hansen, lidera a missão. Reúne mais de 70 entidades européias, voltada para a integração dos setores agroalimentares e de bebidas destiladas entre os países dos dois mercados. A Associação Nacional das Entidades de Bebidas Espirituosas (Aneb) integra a delegação da Spirits Europe, com 15 empresários, representando Portugal. Eles querem dar visibilidade internacional à produção nacional de bebidas como o Medronho do Algarve, a Ginja de Óbidos e o Rum da Madeira. Bebidas espirituosas são as destiladas.

Pequod é a melhor assessoria da XP no ano

Presente em Fortaleza desde 2020, a Pequod Investimentos celebrou em Tóquio, no Japão, o título de melhor assessoria da XP no Brasil em 2025. O sócio-fundador Pedro Pessoa já voltou após uma semana de imersão no ecossistema de negócios. Ele foi escolhido para integrar um grupo de 50 parceiros da corretora de Guilherme Benchimol para participar de um programa executivo na capital japonesa. Hoje, a Pequod responde pela gestão de uma carteira de mais de R$ 4 bilhões em ativos. 

Arraia: Lei com cerol em Pernambuco

Pernambuco sancionou uma lei contra lançamento de arraias próximas a redes de distribuição de energia. A Lei nº 18.919/2025 prevê multa de até R$ 10 mil para quem lançar pipas perto de redes elétricas. A legislação entrou em vigor no último dia 2, em meio à alta de 53% das ocorrências de pipas presas à rede de distribuição nos últimos três anos. Dados da Neoenergia Pernambuco. A Lei nº 18.919/2025 proíbe o uso de cerol e linha chilena. A legislação também prevê multas de até R$ 10 mil (dobradas em caso de dano ao serviço). Os pais são responsáveis, em caso de infração por pessoas com menos de 18 anos. Em Fortaleza, temos lei contra fogos de artificio.

horizontais

LEDs - Na próxima quinta-feira, 23, haverá almoço de lançamento da Associação Cearense de Mídia Digital Out of Home (ACMDOOH). Junta as empresas de mídia exterior. Será no Zoi, no Colosso Lake Lounge. 

Seguro para pet - A Ezze Seguros está ampliando os benefícios de sua Assistência Pet, um complemento às apólices de Seguro Vida Individual e Seguro Residencial. Entre os principais serviços estão: atendimento emergencial veterinário com medicação e exames inclusos. E, se tudo der errado, cobertura de cremação. Pode custar até R$ 800 no mercado, diz a Ezze.

Outra alopatia- O potiguar Xand Avião conta em uma entrevista ao podcast Pod Delas que cobra por alôs em seus shows. Começou com R$ 500, mas diz ter chegado a R$ 40 mil. Cobra porque tem quem pague. "Ajuda no combustível do jato", sapeca.

Test Drive - A experiência de testar um veículo elétrico ou híbrido foi o fator mais mencionado pelos atuais proprietários para efetuar a aquisição de um modelo com a tecnologia. É o que indica pesquisa realizada pelo Webmotors Autoinsights. Para 44% dos respondentes, o Test Drive foi o que mais despertou interesse para efetuar a compra de um eletrificado. 

 

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