Joelma Leal assume como ombudsman do O POVO no mandato 2023/2024. É jornalista e especialista em Marketing. Atuou como editora-executiva de sete edições do Anuário do Ceará, esteve à frente da coluna Layout por 12 anos e foi responsável pela assessoria de comunicação do Grupo, durante 11 anos.
De acordo com o material, a iniciativa faz parte de um festejo realizado no distrito de Jordão, em Sobral (CE), e está em sua 12ª edição e tem jurados para avaliar a criatividade, a fantasia e a desenvoltura na produção dos animais.
Não é raro presenciar animais fantasiados em praias, como Canoa Quebrada, seja ornamentado para passeios, seja para levar bebidas com o animal funcionando como balcão ambulante. Mas isso não seria considerado maus-tratos?
A matéria em questão informa que: "Segundo o organizador do concurso, o objetivo da festa é 'valorizar o jumento, animal símbolo do Nordeste que está em extinção. Ano passado foram mais jegues, hoje foram só seis, mas estamos mantendo a tradição e fazendo com que as pessoas procurem cuidar dos nossos jegues'".
E complementa: "O evento não permite maus-tratos contra os animais concorrentes. O regulamento prevê que tutores que usarem objetos que possam perfurar ou ferir o jegue de alguma forma serão desclassificados. O tutor também não poderá obrigar o animal a entrar na 'arena de desfiles' à força física".
Mesmo sem perfurações, ferimentos ou força física, a iniciativa não seria dispensável? Seria algo a ser questionado às instituições voltadas para a defesa dos animais. O que não foi feito. Assim como vaquejada, é algo que diverte apenas os espectadores. Pelos menos, é o que dizem os defensores dessa prática.
Em uma semana em que foi oficializada a criação da Secretaria da Proteção Animal, uma pertinente pauta para o agora secretário Célio Studart, empossado na terça-feira, 22. Valeria O POVO ter levantado este ponto, além de apenas divulgar o evento.
O editor-chefe de Cultura e Entretenimento, Renato Abê reconhece que, apesar do reforço do organizador do evento sobre os cuidados, cabe ampliar o olhar crítico a respeito da atividade. "De fato, é o caso de olhar com mais criticidade, seguindo atento para o tema e pensando repercussões, ainda mais no contexto da criação da pasta para a causa animal".
A publicação faz lembrar um episódio antigo, envolvendo uma das músicas da Xuxa. Contava-se que, ao ouvir a canção "Ilariê" ao contrário, seria possível constatar uma comunicação da artista com o demônio.
Coincidência ou não, a história também foi espalhada por um pastor à época do sucesso do hit. O que - de fato - esse tipo de notícia acrescenta?
Renato Abê destaca que houve um debate interno sobre publicar ou não a matéria da música da Ivete Sangalo. Segundo ele, a opção por noticiar partiu da percepção da equipe de que discursos como esses têm voltado à tona (a exemplo também do single de Luisa Sonza, "Campo de Morango", entre outras produções culturais recentes). “Por entender que o movimento pode representar um retorno a algo até então ultrapassado e que remete aos anos 1990, o Núcleo optou por publicar o conteúdo. Entendendo, claro, as delicadezas da pauta”, afirma.
A posse do reitor
A solenidade de posse do atual reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Custódio Almeida, foi realizada na última sexta-feira, 25, mas a cobertura vem de muito além, diria há quatro anos, quando houve a consulta e a nomeação anteriores.
Envolto a polêmicas, o processo do mandato anterior, que levou Cândido Albuquerque ao comando da instituição, em 2019, foi alvo de questionamentos e resistência por parte dos corpos docente e discente, apesar de o processo ter sido legítimo, segundo o que é definido pelas regras. Consulta é consulta. Era a regra do jogo. Para o bem ou para o mal.
Agora, com a nomeação de Custódio, é momento para acompanhar a gestão tão esperada pela maioria consultada.
Editorialmente, O POVO vem acompanhando e dando espaço para mostrar planos e ações do reitor. Páginas Azuis, entrevista de 30 minutos na O POVO CBN, vídeo, editorial e uma série de matérias foram veiculados no decorrer da semana.
Como encerra o editorial da última sexta, 25, do O POVO: "A responsabilidade maior de unificar o campus cabe agora ao reitor nomeado, que chega ao cargo legitimado por duas consultas, que lhe deram expressiva maioria entre professores, alunos e servidores. É ainda preciso lembrar que o debate político precisa equilibrar-se com uma gestão com base em critérios técnicos, que ponha sempre sempre (sic) o interesse público em primeiro lugar, nas grandes decisões que for obrigada a tomar, em referência particular à universidade, e à sociedade de modo geral".
Assim como a eleição do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec), abordada na coluna de duas semanas anteriores, o comando da UFC é outro tema que detém atenção da sociedade. Diferentemente do caso dos médicos, neste caso, teve o devido espaço no O POVO para tratar algo que afeta, diretamente, a vida não só da comunidade acadêmica.
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