Barcelona, essa é uma mistura da Espanha com o Egito
Com formação em desenvolvimento mobile pelo IFCE e pela Apple Academy, junto ao seu conhecimento em Design e Animação, atuação em UI|UX e experiência na criação de aplicativo móveis, fundou a Startup Mercadapp. É amante dos livros, da música, do teatro e do ballet. Tudo isso sempre junto e misturado a tecnologia e inovação. Escrever sempre foi seu refúgio dentro dessa jornada tão desafiadora, que é ser uma jovem mulher empreendedora
Barcelona, essa é uma mistura da Espanha com o Egito
Barcelona é um dos destinos mais visitados do mundo, famosa por suas obras-primas modernistas de Antoni Gaudí, seu amor pelo futebol e, claro, sua vibrante cena cultural
Iniciar uma viagem sentindo o aroma salgado do Mediterrâneo, para mim, é de um tremendo prazer. Barcelona, com sua alma cosmopolita e herança multifacetada, é uma colcha de retalhos onde até o Egito parece ecoar, especialmente nas curvas de seus edifícios e no mistério que paira em algumas de suas vielas.
Situada na costa nordeste da Espanha, na região da Catalunha, Barcelona é a segunda maior cidade do país, com uma população que ultrapassa 1,6 milhão de habitantes. Fundada pelos romanos no século I a.C., a cidade floresceu sob diversas influências culturais, incluindo a ocupação árabe, que deixou marcas na arquitetura e na culinária local.
Hoje, Barcelona é um dos destinos mais visitados do mundo, famosa por suas obras-primas modernistas de Antoni Gaudí, seu amor pelo futebol e, claro, sua vibrante cena cultural.
As palmeiras que ladeiam a avenida principal, a Rambla, me transportam brevemente de volta ao Cairo, mas os aromas de jamón e paella nas esquinas rapidamente reafirmam onde estou. Decido começar minha jornada no coração histórico da cidade, o Bairro Gótico.
Caminhar por suas ruas estreitas e sombreadas é como folhear um livro de história ilustrado. A arquitetura medieval se encontra com influências romanas e mouriscas. Na Plaza del Rei, fico fascinada ao ver uma escadaria onde, dizem, Cristóvão Colombo foi recebido pelos Reis Católicos após sua primeira viagem às Américas.
Dentro da Catedral de Barcelona, cujas fundações remontam à época romana, percebo como a religiosidade européia e as influências árabes coexistem de maneira quase sutil.
Se o Bairro Gótico me leva ao passado remoto, a obra de Antoni Gaudí (o Alquimista da Cidade) me arremessa em uma outra dimensão. Visitar o Parque Güell, com suas formas orgânicas e mosaicos coloridos, é como entrar em um conto de fadas. Cada curva e detalhe parecem celebrar a natureza e desafiar as convenções da arquitetura.
No entanto, é na Sagrada Família que se encontra a maior expressão do gênio de Gaudí. Embora eu já tivesse visto fotos e inclusive montado seus vitrais em um jogo de tabuleiro, estar diante daquela imensa basílica é esmagadora. As torres se erguem como braços em oração, enquanto o interior, com suas colunas que lembram árvores, cria a sensação de estar em uma floresta sagrada.
É impossível não pensar no contraste com os templos egípcios que visitei antes, ambos, de formas tão distintas, evocam o desejo humano de se conectar ao divino. E é que ela ainda não está finalizada, a sua construção começou em 1882.
Gaudí assumiu o projeto em 1883 e dedicou os últimos 15 anos de sua vida exclusivamente à obra. Ele sabia que não viveria para vê-la concluída, mas deixou planos detalhados para que futuras gerações pudessem continuar o trabalho.
A conclusão estava inicialmente planejada para 2026, marcando o centenário da morte de Gaudí, mas foi adiada devido a interrupções causadas pela pandemia de COVID-19. Atualmente, estima-se que a obra será concluída na década de 2030, embora uma data exata ainda não tenha sido confirmada.
Decidi também explorar Montjuïc, uma colina que oferece vistas panorâmicas da cidade. Lá, encontro o Castelo de Montjuïc, uma antiga fortaleza que testemunhou batalhas e transformações ao longo dos séculos. O contraste entre as histórias de guerras e a paz das vistas é marcante.
E claro, não poderia deixar de apreciar a praia de Barceloneta. Caminhar pela areia, sentindo a brisa do Mediterrâneo, é uma pausa necessária após dias de intensa exploração. Aqui, percebo como o mar une culturas. Foi ele que trouxe comerciantes árabes, exploradores romanos e, eventualmente, viajantes como eu.
Enquanto o sol mergulha no Mediterrâneo, penso na jornada que me trouxe até aqui, à Barcelona, com sua energia vibrante e sua mistura de influências, percebo que viajar é colecionar fragmentos de mundos e perceber como eles se conectam.
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