Com formação em desenvolvimento mobile pelo IFCE e pela Apple Academy, junto ao seu conhecimento em Design e Animação, atuação em UI|UX e experiência na criação de aplicativo móveis, fundou a Startup Mercadapp. É amante dos livros, da música, do teatro e do ballet. Tudo isso sempre junto e misturado a tecnologia e inovação. Escrever sempre foi seu refúgio dentro dessa jornada tão desafiadora, que é ser uma jovem mulher empreendedora
O Louvre é um lugar que se sente, que fica, que transforma
Foto: Arquivo pessoal
Museu do Louvre, em Paris
Semana de Dia dos Namorados passou, e sempre que penso no amor, penso em Paris. Talvez por causa dos filmes, livros, da música francesa e das icônicas fotografias de casais felizes na Torre Eiffel. Mas bem, para celebrar esse dia, postei em minhas redes sociais um vídeo da Torre piscando com o terceto escrito por meu tio Alberto Soeiro: Eu e tu. Entrelaçado. Nós.
E fiquei refletindo o que me fez voltar a Paris por tantas vezes. E essa resposta tem quatro letras: ARTE.
Paris foi minha primeira viagem internacional, e o Louvre foi o primeiro grande museu no qual eu pude visitar. Em minha primeira visita passei as exatas oito horas das quais o museu estava aberto apreciando suas obras. E depois retornei mais duas vezes, passando pelo menos cinco horas em cada visita.
O fato é que o Museu do Louvre tem aquela aura de lugar que todo mundo já viu, mesmo sem nunca ter ido. Talvez por conta da famosa pirâmide de vidro que virou símbolo moderno de Paris, ou por causa dela, a Gioconda, que reina entre os corredores com seu sorriso indecifrável.
O que ninguém te conta direito é que o Louvre, mais do que um museu, é quase um mundo à parte, um universo de arte, história e silêncio compartilhado entre milhares de visitantes e mesmo com a multidão lá dentro, o Louvre tem a capacidade de te isolar.
De te colocar diante de algo muito maior que o presente. São corredores largos, luz filtrada, paredes que guardam séculos, e uma energia que não se explica só com dados.
Localizado no coração de Paris, às margens do Sena, o Louvre ocupa um antigo palácio real e abriga uma das maiores e mais importantes coleções de arte do mundo. São mais de 35 mil obras expostas em cerca de 73 mil metros quadrados. Um número impossível de assimilar de uma só vez.
Lá dentro, é fácil se perder: literalmente e emocionalmente. Você entra para ver a Monalisa, mas acaba descobrindo Vênus de Milo, A Liberdade Guiando o Povo, e tantas outras peças que te fazem parar, olhar, respirar, algumas até chorar.
Eu por exemplo fiquei alguns minutos em transe com o quadro "Le Naufrage de l’Espérance" (O Naufrágio da Esperança), pintado por François Biard em 1860.
A obra representa uma cena dramática de um naufrágio no Ártico, inspirada na expedição do navegador britânico Sir John Franklin, que desapareceu enquanto tentava encontrar a Passagem do Noroeste em 1845.
No centro da pintura, vemos sobreviventes sobre o gelo, cercados por um cenário hostil de montanhas e auroras, refletindo o desespero e a imensidão da natureza. A obra conversou muito comigo, e foi tão impactante, que pensei inúmeras maneiras de como poderia levá-la para casa, além da minha memória. Mas calma, eu apenas a fotografei.
Louvre foi inaugurado como museu em 1793, após a Revolução Francesa, quando o Estado transformou o antigo palácio real em um espaço público. Antes disso, o prédio já acumulava séculos de história, com origens no século XII, como uma fortaleza construída por Filipe Augusto. Ao longo do tempo, o palácio foi crescendo, ganhando novas alas e estilos arquitetônicos, até se transformar no colosso cultural que é hoje.
A experiência de visitar o Louvre vai muito além de apenas observar obras. É também sobre caminhar por salões que já foram percorridos por reis, rainhas e revolucionários. É se deixar afetar por uma escultura egípcia, por uma tapeçaria medieval, por um quadro francês repleto de dor e revolução. É perceber que arte não se traduz, se sente. E cada pessoa ali, diante da mesma obra, sente algo diferente.
O museu não exige erudição, exige presença. É difícil escolher o que ver num lugar com tanto para oferecer. Tudo é imenso. É sentir essa grandiosidade das galerias, o som abafado dos passos sobre o chão de mármore, o contraste entre a arquitetura clássica e a modernidade da pirâmide de vidro projetada por I. M. Pei, inaugurada em 1989 e que inicialmente dividiu opiniões e hoje é amada.
Ao sair, geralmente já é noite, pelo menos foi como aconteceu comigo todas as vezes. As luzes da pirâmide acesa refletem na fonte e a cidade parece suspensa. É lindo. O Louvre também é uma obra de arte por fora. Cada detalhe das janelas, das portas. Tudo. O Louvre é um lugar que se sente, que fica, que transforma.
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