Economista, mestre em Administração com MBA em Finanças pela FGV-SP e PHD em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona. Foi presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon) e do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef). É professor doutor adjunto da Universidade Estadual do Ceará, assessor econômico da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, presidente da Academia Cearense de Economia, conselheiro Federal de Economia e Membro da Câmara de Desenvolvimento de Comércio & Serviços do Estado do Ceará
O hidrogênio verde ganhou destaque e deve ser ressaltada a oportunidade com a atração de datacenters, aproveitando o excesso de oferta de energia renovável no Brasil
Foto: MME/Divulgação
Projeto combustível do futuro mira a descarbonização
O Brasil tem enormes vantagens no esforço global de descarbonizar a economia quando comparado a outros países. Água abundante, custo baixo e alta participação da energia renovável na matriz energética, bem como as reservas nacionais de lítio, cobre, níquel e ferro. Assim, os custos de transição energética são menores aqui.
O problema é que esses diferenciais competitivos não se converterão realidade sem que o país modernize o seu sistema tributário e a sua infraestrutura, construindo novas linhas de transmissão e modernizando portos, entre algumas das prioridades. Isso feito, biocombustíveis, como etanol e hidrogênio verde vão ganhar mais destaque.
Até o mercado de carbono brasileiro ser regulamentado, o Brasil conta apenas com o mercado voluntário, no qual empresas buscam compensar emissões de poluentes comprando créditos de carbono mesmo quando não são obrigadas. Um crédito representa a retirada de uma tonelada de dióxido de carbono equivalente (tCO2e) -ou seja, uma tonelada de GEE- da atmosfera.
No Brasil, aproximadamente 500 empresas relatam voluntariamente as suas emissões de carbono, estima-se que o mercado a ser regulado envolva 5.000 empresas. Segundo a lei, empresas cuja operação emita mais de 25 mil tCO2e por ano deverão manter as emissões anuais dentro da quantidade de cotas concedidas pelo plano nacional de alocação. Sendo que o foco deve ser o de descarbonizar cadeias de valor, e não apenas empresas.
A proteção de florestas e o potencial de restauração das áreas já destruídas são duas atividades que podem gerar créditos de carbono, uma porque evita emissões e outra sequestra CO2 da atmosfera. A demanda global por minerais para aplicação em energia limpa dobrará até 2040, segundo estimativa da Agência Internacional de Energia, entidade ligada à OCDE.
A Lei do Combustível do Futuro já prevê maior participação do etanol e do biometano nas misturas na gasolina e no gás natural, respectivamente. O hidrogênio verde ganhou destaque e, deve ser ressaltada a oportunidade com a atração de datacenters, aproveitando o excesso de oferta de energia renovável no Brasil.
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