Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Mais do que mudanças de peças, Barroca precisará trabalhar intensamente conceitos táticos da equipe no intervalo de duas semanas de pausa por causa da Data Fifa
Foto: Samuel Setubal/OPOVO
Eduardo Barroca, técnico do Ceará, á beira do gramado
O técnico Eduardo Barroca fez péssimas escolhas no Ceará para encarar o CRB e viu o time perder mais uma como mandante - em casa, o Vovô só tem 33% de aproveitamento. O comandante alvinegro chamou a responsabilidade, manteve o quarteto que voltava de suspensão (Caíque, Danilo Barcelos, Richardson e Willian Maranhão) e falhou.
Parte das alterações poderia ter sido mantida para enfrentar o CRB, tendo em vista o desempenho positivo de quem entrou e do momento em baixa de quem ficou ausente. Falei sobre isso aqui na coluna.
A situação que mais chama a atenção é a manutenção de Danilo Barcelos. O jogador vem mal há bastante tempo. Nada justifica a titularidade do lateral-esquerdo, que acumula falhas e se mostra cada vez mais inseguro.
Barroca tinha encontrado a solução na vitória sobre o Atlético-GO, quando colocou David Ricardo para fazer a função enquanto Barcelos estava suspenso. O zagueiro deu equilíbrio defensivo e apoio ofensivo.
Mas Barroca preferiu ir contra o óbvio e manteve Barcelos contra o CRB. Mais uma vez o lateral-esquerdo foi muito mal. A jogada do primeiro gol do CRB começa justamente no corredor onde atua o atleta, que levou drible desconcertante de Rômulo.
Além de Barcelos, Barroca poderia ter deixado Caíque fora da equipe titular. Atuando em casa contra o CRB, o Ceará precisava ser agressivo, impondo seu jogo desde o início. Num cenário como este, o lateral-direito Warley, que possui características ofensivas, seria a peça ideal.
Diante do Atlético-GO, o lateral já havia correspondido quando substituiu o suspenso Caíque. Mas Barroca preferiu continuar com o volante improvisado e o viu fazer uma partida abaixo. Se a ideia era ter uma maior proteção defensiva, não funcionou.
Outra problemática do Ceará evidente é a saída de bola. Os rivais que venceram o alvinegro nesta Série B se aproveitaram de falhas neste fundamento.
Com a volta de Willian Maranhão e Richardson, dois volantes com maior poder de marcação, o Alvinegro voltou a apresentar uma queda de desempenho na saída de bola. Não foi combativo no meio, nem teve fluidez para a construção de jogadas.
Mais do que mudanças de peças, Barroca precisará trabalhar intensamente conceitos táticos da equipe no intervalo de duas semanas de pausa por causa da Data Fifa.
Saída de bola, pressão pós-perda e variação ofensiva são alguns dos problemas com necessidade urgente de ajustes.
No próximo dia 25, o Ceará visitará o Sampaio Corrêa no Maranhão. A ver como será o desenvolvimento da equipe sob o comando de Eduardo Barroca.
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