O Ceará foi vazado apenas cinco vezes nos últimos oito jogos e tem média de 0,62 gol sofrido por partida, a segunda menor da Série B neste recorte. Os números evidenciam a evolução da zaga alvinegra desde a chegada de Guto Ferreira, que se notabilizou por montar defesas sólidas em seus trabalhos ao longo da carreira.

O sistema defensivo alvinegro, tão oscilante e inseguro sob o comando de Eduardo Barroca, tem sido o principal destaque da equipe até agora com Guto Ferreira.

No recorte dos últimos oito jogos, o Ceará só fica atrás do Juventude, que foi vazado quatro vezes e tem a menor média de gols sofridos - 0,5. Estão empatados com o Alvinegro neste quesito: os clubes paulistas Guarani e Ituano.

 

Vale destacar que dos cinco gols sofridos pelo Ceará desde que Guto assumiu, dois deles aconteceram na estreia contra o Sport, em Recife. Na ocasião, o técnico só pôde comandar três treinos antes da partida.

Os outros tentos sofridos ocorreram no empate com o Ituano e Mirassol e na derrota para o Juventude.

Em casa, o time do Porangabuçu só sofreu um gol em quatro partidas com Guto Ferreira. A equipe, inclusive, está invicta e melhorou o aproveitamento como mandante após três vitórias e um empate neste intervalo.

Entre as mudanças táticas estão a saída de bola mais objetiva, com menos toques, e a compactação dos setores, o que deixa a equipe menos exposta quando se perde a posse.

As peças em campo também mudaram. Com Guto, o goleiro Bruno Ferreira e o zagueiro David Ricardo finalmente se tornaram titulares da defesa. A dupla já vinha pedindo passagem, mas Barroca ignorou. O experiente Luiz Otávio também recuperou o bom futebol e tem vaga assegurada no time.

Paulo Victor, que chegou ao clube na segunda janela de transferência, virou o titular da lateral-esquerda. Tem tido ótimas atuações e liberdade para subidas ao ataque sem comprometer a defesa. Na lateral-direita, o volante Caíque, mesmo improvisado, deu segurança ao setor. É um reforço a mais na marcação.

No geral, a equipe joga de forma mais compactada e explora a transição. A maior posse de bola não é uma prioridade com Guto. É se defender primeiro e ser eficiente nos contragolpes.

Enquanto a defesa tem passado segurança, o ataque ainda carece de ajustes. Problemas na criação ofensiva têm minado a evolução do setor.