Lucas Mota é editor-chefe de Esportes do O POVO e da rádio O POVO CBN. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Foto: Samuel Setubal
Pedro Raul mostra sintonia com a torcida do Ceará
Imagina se o Léo Condé resolvesse fazer o que o corneteiro alvinegro exige? O principal atacante do Ceará teria se tornado reserva em um time com limitações técnicas evidentes.
Pedro Raul decidiu o Clássico-Rei para o Ceará. Na especialidade dele: cabeceio preciso, com frieza, no contrapé do goleiro Brenno, quase nos acréscimos. Um gol que premiou o domínio ofensivo do Vovô e a insistência até o fim em busca do empate.
Pedro Raul é o artilheiro disparado do Ceará — são 16 gols em 41 jogos, sendo 10 na Série A. Um jogador fundamental desde que chegou a Porangabuçu, protagonista de um time que gira em torno do seu centroavante. O sistema de Léo Condé é construído para potencializar justamente este cara.
As críticas fazem parte, principalmente quando o treinador insiste em peças que não rendem e não mostram sinais de reação. Casos como o do Marllon, por exemplo: era titular, mas pedia banco, já que Marcos Victor mostrava estar pronto para assumir a vaga. E hoje o MV é unanimidade na zaga.
Mas com Pedro Raul é diferente. Mesmo atravessando uma fase ruim, o camisa 9 é, com folga, o melhor centroavante do elenco. E, mesmo quando oscila, há uma matemática simples que não falha: com ele em campo, o Ceará tem mais chance de fazer gol.
Volta por cima de Ávila no Pici
Se teve um jogador que honrou a camisa do Fortaleza no Clássico-Rei, foi Gastón Ávila.
O zagueiro argentino foi o melhor em campo pelo lado tricolor e protagonizou uma atuação que simboliza sua volta por cima com a camisa do Leão. Ele passou de peça descartável, marcada por falhas decisivas, como o pênalti infantil e a expulsão nas finais do Estadual contra o Ceará, a um dos mais regulares do time.
Ávila chegou com pompa, ostentando o rótulo de quem veio do futebol europeu, mas o início foi desastroso. A virada começa após a saída de Gustavo Mancha: ganhou espaço, minutos e, sobretudo, confiança. Aproveitou as chances e se consolidou.
Mesmo em meio à má fase do Fortaleza, que luta contra o rebaixamento, Ávila tem sido um dos poucos destaques positivos. Com Palermo, o crescimento é evidente. Dos 10 jogos sob o comando do argentino, o zagueiro foi titular em nove — e só ficou fora por suspensão.
No Clássico-Rei, o camisa 3 teve uma atuação dominante. De acordo com o SofaScore, recuperou três bolas, deu 10 cortes e venceu 7 dos 8 duelos disputados, tanto pelo alto quanto no chão.
Defensivamente, o Fortaleza fez uma boa partida contra o Ceará — e Gastón Ávila foi o pilar dessa solidez.
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