Jornalista, colunista de Economia da rádio O POVO/CBN; Coordenador de Projetos Especiais do Grupo O POVO DE COMUNICAÇÃO; Co-Autor do livro '50 Anos de Desenvolvimento Industrial do Ceará' e autor dos 'Diálogos Empresariais', dois livros reunindo depoimentos de líderes empreendedores do Estado do Ceará
Milhares de árvores estão sendo derrubadas todo mês e com destinação certa: as indústrias de cerâmicas e tijolos para a construção civil
Olá, falando de um tema que balança a minha e a sua indignação, caso você não seja negacionista: o desmatamento. Isso num Estado semiárido, já com zonas desertificadas, como áreas em Irauçuba e Inhamuns, no sertão cearense.
Conversei há quinze dias com Artur Bruno, Secretário do Meio Ambiente do Estado, sobre o que ocorre no Cariri e Zona Norte e Centro do Estado. Milhares de árvores derrubadas todo mês e com destinação certa: as indústrias de cerâmicas e tijolos para a construção civil.
Uma operação da Sema estaria em sindicância para construir um modelo de fiscalização mais agressivo. Ela andava meio frouxa e o desmatamento de sabiás, umburanas, jucás, marmeleiros, paus-branco, paus-d'arco e outras variedades cresceram incontrolavelmente.
Protocolo não cumprido
O Sindicato da Indústria de Cerâmica, ligado à Federação do setor, firmou há meses termo de compromisso com a Seuma/Ibama segundo o qual seria reduzido a zero o consumo de madeira para seus fornos. Os elevados preços da energia elétrica desanimaram a modernização do setor. A Indústria da construção civil cearense, por sua vez, não questiona a procedência do insumo quanto a compromissos ambientais, quando deveria levar em conta os novos protocolos.
Motosserras em ação
Milhares de toras de mata nativa rolaram de um caminhão na última sexta-feira em Juazeiro do Norte; em maio, milhares de árvores da nossa pobre caatinga foram apreendidas pela PM em Massapê por extração irregular, além de uma dezena de motosserras.
As minguadas toras de madeira do nosso semiárido têm duas aplicações: fazer cerca de arame ou virar chama para os fornos industriais. Enquanto isso, nossas matas perdem cobertura, racham de sol e agravam a nossa aridez. Um violento crime ambiental.
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