Aumentou interesse pela mina de Itataia para produção de fertilizantes
Jornalista, colunista de Economia da rádio O POVO/CBN; Coordenador de Projetos Especiais do Grupo O POVO DE COMUNICAÇÃO; Co-Autor do livro '50 Anos de Desenvolvimento Industrial do Ceará' e autor dos 'Diálogos Empresariais', dois livros reunindo depoimentos de líderes empreendedores do Estado do Ceará
Aumentou interesse pela mina de Itataia para produção de fertilizantes
O projeto da INB caminha a reboque do Programa Nacional de Fertilizantes que o Governo Federal acaba de encurtar seu cronograma de investimentos por uma razão aleatória, no caso a guerra Rússia x Ucrânia
O governo do Ceará recebeu há dez dias uma visita digna de comemoração. A audiência de três dirigentes das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), estatal brasileira de capital misto que desde 2020 namora o Ceará para a instalação de uma indústria de extração de minérios para a produção de fertilizantes. Investimentos de US$ 400 milhões iniciais, ou pouco mais de R$ 2 bilhões, a dólar de hoje.
Muito dinheiro para os nossos sertões de Santa Quitéria, na mina de Itataia descoberta ainda no primeiro governo de Virgílio Távora, para onde ele sonhou, já naqueles anos, uma mineradora apta a sua exploração.
Os diretores da INB foram até o gabinete do secretário Maia Júnior, titular da SDE, para dizer que o interesse pelo investimento continuava de pé, aguardando apenas o parecer do IBAMA, que por sua vez já gastou além de um ano na sua análise. O propósito é iniciar as operações já em 2023.
Quando a fome aperta
O projeto da INB caminha a reboque do Programa Nacional de Fertilizantes que o Governo Federal acaba de encurtar seu cronograma de investimentos por uma razão aleatória, no caso a guerra Rússia x Ucrânia. Improvável no cronograma sob todos os aspectos.
Mais de 20% das importações brasileiras de fertilizantes para o seu guloso agronegócio vem da Ucrânia e Belarus, numa operação comercial operada pela Rússia. Por questões complexas de logística, a persistirem os conflitos haverá escassez do insumo, afetando a produção interna em custos e produtividade.
Daí a urgência desse importante projeto para o Agronegócio e para o Ministério da Agricultura. Para todas as partes envolvidas, enfim.
O complexo minero-industrial prevê a construção conjunta de unidades produtoras de suplementos para alimentação animal e o beneficiamento de minério para a produção de fertilizante fosfatado, além de concentrado de urânio.
Maia Júnior me disse que este é um sonho de 60 anos atrás de Virgílio Távora, que ele pretende finalmente ver realizado. A próxima visita dos diretores da INB depende do despacho favorável do Ibama. Na torcida.
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