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E se o Brasil atendesse às exigências políticas de Donald Trump?
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Jornalista, colunista de Economia da rádio O POVO/CBN; Coordenador de Projetos Especiais do Grupo O POVO DE COMUNICAÇÃO; Co-Autor do livro '50 Anos de Desenvolvimento Industrial do Ceará' e autor dos 'Diálogos Empresariais', dois livros reunindo depoimentos de líderes empreendedores do Estado do Ceará

E se o Brasil atendesse às exigências políticas de Donald Trump?

Aposto que Trump está "pouco se lixando" para o destino reservado a Bolsonaro no Brasil. Sobretudo com a reação soberanista dos brasileiros e de Lula - excetuando alguns fanáticos terraplanistas - aos ataques a nossa soberania
Donald Trump (Foto: ANNA MONEYMAKER)
Foto: ANNA MONEYMAKER Donald Trump

E se…e…se o Brasil, de cócoras, atendesse às exigências politicas de Tump, ele recuaria do tarifaço? Há uma trapaça geopolítica em tudo isso.

Vamos supor, Lula de repente se acocore e decida entregar todos os dedos da mão dele às exigências de Trump, para inocentar da tentativa de golpe a família Bolsonaro e punir o juíz do processo, o ministro Alexandre de Moraes.

A questão é: Trump esqueceria o tarifaço, retirando a infeliz sobretaxa às exportações dos nossos produtos que ainda estão fora da lista dos zerados, como o café, a carne, máquinas agrícolas, móveis, dentre outros excetuados da lista, para atender a Eduardo Bolsonaro?

Acredito que o leitor não tem a resposta. Difícil conjecturar num ambiente de tantas mentiras, chantagens e sofismas diplomáticos como o que vivemos desde o anúncio do tarifaço, no início do mês de julho.

Mas é admissível crer que Trump continuaria manobrando. Porque Trump não comete essas tolices verbalizadas e até mesmo escritas apenas para proteger a família Bolsonaro, atendendo ao filho Eduardo. Trump joga com outras cartas.

As mesmas que ele apostou com o Canadá, México, União Europeia, e agora a Índia. Com Xi Jinping não funcionou. Afinal foram os chineses que inventaram o baralho no século X. Foram estratégias visando
recuperar o protagonismo econômico dos EUA, abalado que está em suas contas públicas. O MAGA.

Aposto que Trump está “pouco se lixando” para o destino reservado a Bolsonaro no Brasil. Sobretudo com a reação soberanista dos brasileiros e de Lula - excetuando alguns fanáticos terraplanistas - aos ataques a nossa soberania.

Algum sopro de desagrado com o ministro Alexandre deriva mais do conflito jurídico com as bigtechs do que por conta das denúncias contra Bolsonaro e suas aventuras quixotescas e antipatrióticas na política.

Inserem-se mais no plano da realidade trumpista, alguns sinais de ambição às “terras raras” brasileiras e suas riquezas estratégicas, do que uma pendenga ideológica ou um amigo trabalhoso e complicado.

Foto do Nazareno Albuquerque

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