O Complexo do Pecém encaminhou nota em resposta à coluna de ontem, cujo título principal era "ZPE: só ficaram as promessas?". Eis os esclarecimentos da empresa:

"Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), primeira siderúrgica do Nordeste; White Martins, fabricante de gases industriais; Phoenix do Brazil, responsável pelo tratamento e reciclagem dos resíduos siderúrgicos da produção de aço gerados pela siderúrgica.

Juntas, essas empresas somaram, em 2019, mais de 12 milhões de toneladas movimentadas através da ZPE Ceará. No ano passado, a Zona de Processamento de Exportação do Ceará apresentou o seu melhor faturamento desde o início das atividades, em 2013, somando R$ 48,93 milhões - alta de 6,17% em relação a 2018.

Os destaques das cargas movimentadas através na zona de processamento de exportação cearense e que contribuíram para o acumulado de 2019 foram: minério de ferro (4,7 milhões de toneladas), seguido de placas de aço (2,8 milhões de t), carvão mineral (2,3 milhões de t), escória (1 milhão de t ), e calcário (553.975 t).

A ZPE Ceará é considerada, pelo CZPE (Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação), modelo para outros estados que pretendem implantar uma zona do tipo, pois é a única ZPE em funcionamento hoje no Brasil."

Pecém

E AS NOVAS EMPRESAS?

A coluna não desconhece os números mostrados na resposta do Complexo do Pecém - pelo contrário: tem acompanhado esse processo desde o seu início, bem como seus desdobramentos.

Vale ressaltar que a Companhia Siderúrgica do Pecém foi inaugurada em 2008; a White Martins, atualmente pertencente ao grupo Linde, está no Brasil desde 1912. O projeto de instalação da planta industrial da empresa na ZPE foi aprovado em junho de 2014. Já a Phoenix do Brazil começou a sua implantação no Pecém em 2016. Ou seja: todas essas empresas já se encontravam aqui no Ceará antes da parceria com o Porto de Roterdã, acordo esse anunciado com muita festa, mas que até agora não atendeu as expectativas de criação de um grande hub portuário que, em tese, atrairia empresas europeias.

Em suma: cadê essas novas empresas em solo cearense? Só ficaram as promessas? Dois anos seria tempo suficiente para apresentar algum resultado visível.

Superação

FÓRUM BRASIL ÁFRICA

O presidente do Instituto Brasil África (Ibraf), professor Bosco Monte, pretende reunir líderes globais, governos, empresas e pesquisadores para discutir o cenário e os desafios após a pandemia. Essa será a primeira edição do Fórum Brasil África totalmente online. O evento está agendado para os dias 3 e 4 de novembro. Entre os palestrantes confirmados estão José Graziano da Silva, ex-diretor geral da FAO, e Benedict Oramah, presidente do Afreximbank.

 

Imóveis

SEM O PESO DA REFORMA

A direção da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) comemorou a vitória do setor em conseguir a isenção tributária das vendas de imóveis residenciais na proposta de reforma enviada pelo ministro Paulo Guedes. O problema é que, se o setor de serviço for mais onerado, certamente haverá um impacto em toda a economia. Ou seja: afetará a renda de possíveis compradores dos imóveis.

No plenário

CRÉDITO PARA EMPRESAS

O plenário da Câmara dos Deputados agendou para amanhã, às 10 horas, a votação das emendas do Senado à Medida Provisória 944. A proposta garante linha de crédito especial para pequenas e médias empresas pagarem sua folha de salários durante o estado de calamidade pública.

As empresas andam sedentas por recursos. A procura pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi tão intensa que gerou praticamente o seu esgotamento. Agora, o Senado tenta o aperfeiçoamento da linha de crédito.