Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
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O Ceará começa a vislumbrar um leque de oportunidades de geração de energia offshore. A publicação do decreto nº 10.946/2022, que dispõe sobre a cessão de uso de espaços físicos e o aproveitamento dos recursos naturais para geração de energia elétrica a partir de empreendimentos no mar, terá um impacto importante na economia local, começando a se materializar agora, a partir dessa regulamentação.
O Estado possui uma carteira de R$ 57 bilhões em investimentos já protocolados para a constituição de seis parques eólicos em cinco municípios, com 866 turbinas. Entre as propostas, estão empreendimentos como o Asa Branca, Quair, Neoenergia e ABI Energia (esta, com dois projetos, um em Caucaia e outro em Camocim), além da chinesa Mingyang.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Francisco Maia Júnior, informa que essa é uma largada para a exploração desse tipo de projeto no Brasil, que tem mais de 7 mil quilômetros de costa.
No caso do Ceará, trata-se do início de uma nova fase do setor de energia e de uma oportunidade de mudança no perfil dos negócios. Somente no Ibama, aproximadamente 11 GW em projetos de energia aguardavam essa regulamentação, de um total de 56 GW no Brasil. “Um giga equivale a geração de 9 mil empregos”, reforça ele.
Com os pedidos de licenciamento das propostas, o estado tem condição de ser a vanguarda do setor, com atração de novas fábricas que equivalem a uma Petrobras, pelos cálculos de Maia Júnior.
O secretário reconhece o trabalho da Frente Parlamentar de Energia, liderada pelo deputado Danilo Forte (PSDB), e da Federação das Indústrias (Fiec), na negociação política para aprovar a regulamentação da produção de energia eólica offshore pelo governo, devendo ser iniciada agora uma nova fase para a implantação dos empreendimentos.
A secretária-executiva da Indústria na Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Roseana Medeiros, explica que foi iniciado agora pela manhã o levantamento, junto aos empreendedores, sobre o andamento dos pedidos de licença. A perspectiva é de que, a partir de agora, os projetos comecem a abrir um novo leque de oportunidades. Inicialmente, devem ser implantados projetos-piloto. O clima é de otimismo, com a possibilidade ainda de duplicação da fábrica da Vestas.
Também vale lembrar o exemplo de países como a Dinamarca, que tomou a decisão de suspender a produção de petróleo, com o encaminhamento das empresas de óleo e gás para o setor de energia.
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