Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
Você anda estressado? Tenha certeza de que não está sozinho. Conforme dados levantados por estudo da International Stress Management Association (ISMA-BR), cerca de 70% da população brasileira ativa sofre com o estresse, seja de forma aguda ou crônica.
O problema virou tema de discussão na Organização Mundial de Saúde (OMS), que coloca o País no topo do ranking mundial de ansiedade (atinge 9,3% da população). O fato é que há um reconhecimento do adoecimento da população em função das instabilidades econômicas e da sobrecarga de trabalho.
O neurocirurgião e professor do Instituto de Educação Médica (Idomed), Saulo Teixeira, explica como esse estresse afeta a saúde do cérebro, provocando vários tipos de doença. "Isso ocorre por vários fatores; entre os principais, podemos citar a obrigação de demonstrar desempenho no âmbito profissional. Outro fator é a necessidade de estar sempre exposto ou em contato com outras pessoas, trocando sentimentos e sensações que nem sempre são positivas", acrescenta.
O resultado disso aparece na hora de (supostamente) dormir. Muita gente acaba tendo o sono fragmentado, com consequências na memória e na qualidade da atenção. O corpo todo sofre com o aumento do estresse. E, embora não seja possível mudar o estilo de vida de ninguém de uma hora para outra, pelo menos alguns cuidados podem ser aplicados - o primeiro deles é uma tentativa de pausa e relaxamento entre uma atividade e outra.
O dentista Davi Cunha também faz um alerta sobre o assunto. Ele conta que, depois da Covid-19, passou a perceber pessoas mais ansiosas e uma onda de pacientes com dentes fraturados. Vários estudos foram feitos sobre o assunto e chegou-se a uma constatação: a existência de uma associação entre alguns medicamentos e a elevação de sintomas como o bruxismo (apertar ou ranger dos dentes de forma involuntária e repetitiva, principalmente durante o sono).
O curioso é que esses medicamentos são associados à produção de serotonina no cérebro, e um deles é a fluoxetina. Considerada um antidepressivo inibidor seletivo da recaptação da serotonina e utilizada em larga escala, ela pode causar bruxismo como efeito colateral. O dentista alerta que existem formas de atenuar esses efeitos, sem agravar a situação do paciente, através de placas dentárias.
As crianças também são vítimas desse processo de adoecimento generalizado, mas é preciso ficar em alerta para que nem tudo seja psicologizado; portanto, valem os cuidados com os exames clínicos. Hoje, às 19h30, na Sociedade Cearense de Pediatria, a médica Carmem Naria, especialista em Oncologia Pediátrica, fará palestra sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. As inscrições são gratuitas.
Trago para você o fato econômico e seu alcance na vida comum do dia a dia. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.