Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Duas pesquisas foram divulgadas recentemente: uma sobre a aprovação do governo Lula (Datafolha) e outra a respeito das preferências eleitorais para a disputa presidencial em 2026 (Genial/Quaest).
A pesquisa do Datafolha mostra que o governo Lula é aprovado (35%) e desaprovado na mesma proporção (34%). Prevalece aqui a “lei dos terços”, sendo 1/3 de “ótimo ou bom”; outro tanto de “ruim ou péssimo”, e o restante vendo a gestão como “regular” (29%) — os que terminam por decidir, por um triz, o resultado de uma eleição, como aconteceu em 2022.
Já faz algum tempo que isso acontece devido à "polarização" política que separa o Brasil. Assim, se um dia Lula andar sobre as águas, os bolsonaristas vão dizer que ele faz isso porque não sabe nadar. E tudo demonstra que essa percepção permanecerá inalterada, independentemente do assunto pesquisado.
O estudo da Quaest refere-se aos possíveis candidatos às eleições de 2026, apresentando resultado mais folgado para Lula. Notem que a pesquisa é sobre candidatos, diferente do levantamento Datafolha, que avaliou o governo e não a popularidade de Lula.
Segundo a Quaest, Lula venceria todos os que se apresentam hoje como possíveis candidatos a presidente em 2026. A menor diferença seria na disputa com Jair Bolsonaro (PL), quando Lula (PT) ficaria com 51% e o ex-presidente com 35%. Contra os demais disputantes: Tarcísio de Freitas (Republicanos), Pablo Marçal (PRTB) e Ronaldo Caiado (União Brasil), a diferença seria maior.
O estudo verificou apenas cenários no segundo turno, portanto não dá para conferir a lei dos terços, mas tudo indica que estará em vigor também em 2026. Mas observem que, pela pesquisa, Bolsonaro somaria 35% dos votos em um hipotético segundo turno, mantendo um eleitorado fiel.
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A pesquisa da Genial/quaest foi realizada entre os dias 4 a 9 de dezembro. O Datafolha pesquisou nos dias 12 e 13 de dezembro de 2024.
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