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Netanyahu lidera uma "gangue criminosa"
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Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Netanyahu lidera uma "gangue criminosa"

"(A guerra em Gaza) é resultado de uma política governamental — ditada de forma consciente, perversa, maliciosa e irresponsável"
Registro da Faixa de Gaza (Foto: Eyad BABA / AFP) (Foto: Eyad BABA/AFP)
Foto: Eyad BABA/AFP Registro da Faixa de Gaza (Foto: Eyad BABA / AFP)

Um trecho de meu artigo “Um governo são não mata bebês por passatempo” (21/5/2025), sobre o massacre que governo israelense está promovendo na Faixa de Gaza, foi reproduzido no Instagram do O POVO, obtendo mais de quatro mil “curtidas” e mais de 500 respostas. Havia concordâncias e críticas, algumas disparadas, como é comum nas redes sociais.

Alguns, talvez muitos, pois não contei, me atacaram como “antissemita”. Suponho que seja a turma que só lê manchete, pois a frase, que deixei entre aspas, é de Yair Golan, antigo vice-chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel. Suponho que ele esteja muito longe de ser antissemita.

O trecho aspeado, que dá título a este artigo, tampouco é da minha lavra. As palavras são de um ex-primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert (2006-2009). Em artigo publicado no jornal israelense Haaretz (com trechos reproduzidos pelo londrino Guardian), ele diz que o governo israelense comete “crimes de guerra” em Gaza, com as vítimas alcançando “proporções monstruosas”.

Para ele, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, lidera uma “gangue criminosa”, estabelecendo um precedente sem igual na história de Israel. “Milhares de palestinos inocentes estão sendo mortos, assim como muitos soldados israelenses”.

Olmert ainda acrescentou: “Nunca, desde sua criação, o Estado de Israel travou uma guerra como essa. A gangue criminosa liderada por Benjamin Netanyahu estabeleceu um precedente sem igual na história de Israel nessa área”.

“As operações recentes em Gaza não têm nada a ver com objetivos legítimos de guerra”, continuou. “Esta é agora uma guerra política privada. Seu resultado imediato é a transformação de Gaza em uma área de desastre humanitário.”

E concluiu: “O que estamos fazendo em Gaza agora é uma guerra de devastação: assassinatos indiscriminados, ilimitados, cruéis e criminosos de civis. É o resultado de uma política governamental — ditada de forma consciente, perversa, maliciosa e irresponsável”.

Seria também Ehud Olmert um antissemita?


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