Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Ficou exposta a hipocrisia bolsonariana, que dizia que o objetivo da anistia era beneficiar as "velhinhas com a Bíblia na mão". Hoje, a extrema direita e gente do Centrão exigem que a anistia inclua o líder do golpe
Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados | Evaristo Sá/AFP | Fellipe Sampaio/STF
Eduardo Bolsonaro, Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes: personagens da semana às véspera do julgamento do ex-presidente
Como se diz por aí, o mundo se acabando e o Partido Liberal (PL) e a direita preocupados com o próprio umbigo. A principal meta da turma é cabalar uma anistia para um réu acusado de tentativa de golpe de Estado, líder da extrema direita no Brasil.
Segundo o procurador-geral, Paulo Gonet, o ex-presidente Jair Bolsonaro liderou a trama golpista, sabia e concordou com o plano de assassinar o presidente Lula, seu vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Mas os aliados do réu esperam uma grande manifestação no Sete de Setembro na esperança de convencer o povo brasileiro de que Bolsonaro é um inocente “dragado” pelas circunstâncias, um inocente perseguido pelo “sistema”.
Entretanto, será difícil que a repercussão vá além da bolha fanatizada. Antes mesmo do início do julgamento do “núcleo crucial” da trama golpista, mais da metade dos brasileiros era contra a anistia. É bem possível que o percentual aumente, pois alguns dos advogados de defesa admitiram abertamente ter havido planejamento para um golpe.
Além disso, ficou exposta a hipocrisia bolsonariana, que dizia que o objetivo da anistia era beneficiar as “velhinhas com a Bíblia na mão”. Hoje, a extrema direita e gente do Centrão exigem que a anistia inclua o líder do golpe.
Para piorar o negócio, a movimentação em torno da anistia a Bolsonaro seria um mero “jogo de cena”, segundo o ex-ministro José Dirceu (PT). Para ele, o candidato preferido do mercado financeiro e do Centrão é o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas.
Nesta quarta-feira (3/9/2025) publiquei "Tarcísio de Freitas e a sorte de Bolsonaro", assinalando: “A elite empresarial, a Faria Lima e o Centrão, preferem investir no bolsonarismo sem Bolsonaro, ou seja, preferem Tarcísio de Freitas”.
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