Plínio Bortolotti integra o Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Muros do bairro da Palestina, em Canindé, receberam grafites contendo a bandeira do Estado de Israel feitos por integrantes da facção Terceiro Comando Puro (TCP)
Lucas anota que é uma ironia “macabra”, como se a guerra de Israel contra o povo palestino fosse transferida para o interior do Ceará, guardadas as proporções. Os chefes do TCP se dizem evangélicos e exigem conversão para o ingresso na organização.
(A guerra que Israel move contra os palestinos já provocou mais de 66 mil mortes, mais da metade de mulheres e crianças, deixando a Faixa de Gaza sob escombros. É preciso lembrar que o conflito começou em outubro de 2023, depois que um comando do Hamas invadiu o território israelense, assassinando friamente cerca de 1.300 pessoas, entre elas mulheres e crianças.)
Em outro texto, Lucas comenta o domínio do TCP no Complexo de Israel — conjunto de favelas no Rio de Janeiro —, que recebeu esse nome em referência à “terra prometida”, e como a facção passou a atuar no Ceará.
Mas por que evangélicos têm o Estado de Israel como referência, usando sua bandeira e a estrela de Davi em suas manifestações?
Muitos segmentos da religião reconhecem que os judeus são o povo “escolhido por Deus”, segundo o Velho Testamento. Portanto, os hebreus teriam o direito de habitar Canaã, a Terra Prometida a Abraão e seus descendentes.
Essa área seria hoje equivalente ao território de Israel e Palestina (Faixa de Gaza e Cisjordânia) e partes da Jordânia, Líbano e Síria. Para esses segmentos, a reconstrução do Estado de Israel seria um dos sinais para a segunda vinda do Messias.
Observe-se que o livro judaico é o Velho Testamento, o Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia. Portanto, eles ainda esperam o Salvador. Para os cristãos, o Messias é Jesus Cristo que, em sua segunda vinda, conforme a crença, resgatará os seus para a vida eterna.
Importante destacar: cristãos e judeus não podem ser responsabilizados pelo mau uso que fazem de seus símbolos.
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