Plínio Bortolotti integra o Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Descaradamente, o advogado de Donald Trump anuncia que está à espera de uma convulsão social para que os EUA intervenham diretamente na política interna brasileira
Foto: O POVO News
Martin De Luca, advogado da Rumble e Trump Media analisa decisão de Moraes sobre Rodrigo Constantino
Jair Bolsonaro pode ter saído enfraquecido depois dos episódios recentes, inclusive alguns bizarros, como tentar arrombar uma tornozeleira eletrônica por “curiosidade”.
No entanto, alguns analistas estão decretando sua morte política muito cedo. A meu ver, o ex-presidente mantém um percentual de apoio relevante, que não vai mudar substancialmente.
Além disso, Bolsonaro faz parte de uma espécie de “internacional” da extrema direita, gente da espécie de Javier Milei (Argentina), Nayib Bukele (El Salvador) e Viktor Orbán (Hungria), sob a liderança do presidente americano Donald Trump.
Essa organização não parece ter uma “sede” e nem mesmo um “fórum” que as reúna formalmente, mas suas atividades mostram-se coordenadas, buscando lançar sua influência sobre países que rejeitam o autoritarismo. Para isso, desenvolvem ações que visam enfraquecer e desmoralizar as instituições da democracia.
Não é raro que essas investidas sejam praticadas por paus mandados, como Martin de Luca, advogado do grupo Trump Media e da plataforma Rumble. Em entrevista à Jovem Pan, logo após a decretação da prisão preventiva de Bolsonaro, ele disse que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, era um “insulto” a Trump, após o presidente Lula e o vice-presidente Geral Alckmin terem “implorado” pela redução das tarifas de importação.
De Luca ainda disse que “muitas pessoas” estão falando para ele “em privado” que “Trump tem de salvar o Brasil”, que é preciso “sancionar todo mundo”.
No entanto, continua o advogado, “os Estados Unidos não podem salvar o Brasil” se os brasileiros também não agirem no mesmo sentido. “Poucas pessoas estão se manifestando na rua" (em favor de Bolsonaro), lamentou ele.
Em seguida, criticou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) que estaria segurando “mais de 20 pedidos de impeachment" (de Alexandre de Moraes). Disse ainda que são os brasileiros que têm de liderar os protestos para que os EUA possam apoiá-los.
Ou seja, descaradamente, o advogado de Donald Trump anuncia que está à espera de uma convulsão social para que os EUA intervenham diretamente na política interna brasileira.
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