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Vice-governadora Jade Romero deixa Secretaria das Mulheres e deputada Lia Gomes assume
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Sara Oliveira é repórter especial de Cidades do O Povo há 10 anos, com mais de 15 anos de experiência na editoria de Cotidiano/Cidades nos cargos de repórter e editora. Pós-graduada em assessoria de comunicação, estudante de Pedagogia e interessadíssima em temas relacionados a políticas públicas. Uma mulher de 40 anos que teve a experiência de viver em Londres por dois anos, se tornou mãe do Léo (8) e do Cadu (5), e segue apaixonada por praia e pelas descobertas da vida materna e feminina em meio à tanta desigualdade

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Vice-governadora Jade Romero deixa Secretaria das Mulheres e deputada Lia Gomes assume

Uma troca desafiadora, tendo em vista que a Secretaria das Mulheres tem apenas um ano de atuação e inúmeras demandas
FORTALEZA-CE, BRASIL, 0910-2024: Sessão da ALECE após o primeiro turno da eleição municipal de 2024. Na foto: Lia Gomes,  (Foto:Júlio Caesar/O Povo)  (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR FORTALEZA-CE, BRASIL, 0910-2024: Sessão da ALECE após o primeiro turno da eleição municipal de 2024. Na foto: Lia Gomes, (Foto:Júlio Caesar/O Povo)

Nesta quinta-feira, 26, o governador Elmano de Freitas (PT) anunciou mudanças em 12 secretarias, entre elas a nova secretária das Mulheres, a deputada Lia Gomes (PDT). Saiu a vice-governadora, Jade Romero (MDB), que deverá assumir a Secretaria da Proteção Social (SPS), onde atuava Onélia Santana, que assumiu, sob polêmica, cargo no Tribunal de Contas do Estado (TCE). 

Uma troca desafiadora, tendo em vista que a Secretaria das Mulheres tem apenas um ano de atuação e inúmeras demandas. Em 2023, a pasta se dedicou aos eixos prioritários de proteção e autonomia econômica. 

Lia Gomes, irmã dos ex-governadores Ciro e Cid Gomes, atuava na Procuradoria Especial da Mulher, da Assembleia Legislativa do Ceará. 

O anúncio para liderar a pasta municipal de Fortaleza foi feito pelo prefeito eleito, Evandro Leitão (PT), no dia 20 de dezembro, inserindo o nome da jornalista Fátima Bandeira, também secretária de Mulheres do PT. 

Constatamos nas escolhas dos nomes paras as pastas das Mulheres mais um processo de acomodação político-partidária entre as pastas governamentais. O que não significa demérito sobre qualificação, principalmente se listarmos cursos e experiências anteriores das nomeadas.

Mas mostra ainda timidez do poder público de inovar em segmentos que mais precisam de mudança, principalmente em pastas que ainda lutam por orçamento, reconhecimento político e que precisam desmistificar machismos estruturais que incidem principalmente no serviço público.

Uma das perspectivas para 2025 é exatamente o trabalho em conjunto das pastas voltadas à temática das mulheres em Fortaleza e no Ceará. Monitorar números, fazer parcerias, identificar vulnerabilidades, cruzar ações e efetivar políticas públicas de proteção e prevenção à violência contra a mulher são alguns dos objetivos. Assim como trabalhar a igualdade e a equidade de gênero e suas tantas repercussões.

A diminuição na taxa de feminicídios no Estado, apesar de comemorada, está longe de representar uma real diminuição dos casos de violência contra a mulher.

Matéria do O POVO desta quinta-feira, 26, mostra que houve 7% menos casos entre 2023 e 2024. Porém, desde 2018, quando essa tipologia passou a fazer parte das estatísticas da Segurança, foi o ano que teve mais vítimas: 39, número menor apenas do que há seis anos, quando foram registrados 30 casos. 

Os números, entretanto, ainda são subnotificados, alerta os especialistas e nomes atuantes na defesa dos direitos das mulheres. As estatísticas não contemplam, ainda, diferentes realidades, como a da violência urbana. 

 

 


 

  

 

 

 

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