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Direito e literatura: 5 obras essenciais sobre o tema
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Advogado, pós-graduado em Direito Processual Civil e em Direito Imobiliário, professor de Pós-Graduação, síndico, membro de comissões da OAB/CE, fundador do escritório Castelo Branco Bezerra de Menezes Advocacia

Direito e literatura: 5 obras essenciais sobre o tema

Qual a importância da literatura para o estudo, aperfeiçoamento e aplicação do direito? A resposta atinge todos os profissionais do universo jurídico
Dicas de 5 livros de direito e literatura (Foto: Reprodução/Abby Chung/Pexels)
Foto: Reprodução/Abby Chung/Pexels Dicas de 5 livros de direito e literatura

Direito e literatura estão intrinsecamente ligados. Há diversos livros (romances e thrillers jurídicos) que abordam histórias de tribunais, advogados, justiças, injustiças, enfim, obras que criticam as nuances do sistema judiciário e das grandes firmas de direito.

Desta forma, indaga-se: qual a importância da literatura para o estudo, aperfeiçoamento e aplicação do direito? A resposta atinge todos os profissionais do universo jurídico. Assim, ao ler um bom romance jurídico, o profissional do direito melhora sua comunicação, amplia seu vocabulário, e o principal: desenvolve uma maneira mais eficaz de se expressar.

Assim, na coluna desta semana, vamos sugerir 5 obras primas literárias que ajudarão os que trabalham com direito a redigir textos de forma mais clara, mostrar contrapontos de modo mais convincente, negociar com mais segurança, e buscar sempre fazer valer o direito de seus clientes.

Começamos por Cipreste Triste, da rainha Agatha Christie. É seu primeiro livro de tribunal, e nele, também pela primeira vez, seu famoso e carismático personagem Hercule Poirot vai a um tribunal, mas para provar a inocência de Elinor Carlisle, acusada de dois homicídios que aparentemente só ela tinha motivos e meios para realizar. Tem linguagem simples, elementos dramáticos bem equilibrados e o sempre brilhante e divertido detetive belga.

Depois indicamos o clássico absoluto O sol é para todos, de Harper Lee, que trata sobre preconceitos e a beleza da infância, já que é narrado pela perspectiva de uma menina, nossa adorável Scout, mas que aborda temas bem profundos como estupro, injustiça e racismo. Seu pai, Atticus, vai defender um negro acusado de estupro. Se você é advogado e não conhece o advogado Atticus Finch, está na hora de rever sua vocação.

Seguinte a lista, agora vamos de O Povo Contra O. J. Simpson, de Jeffrey Toobin, que desmiuça o julgamento do famoso jogador de futebol americano acusado da morte de sua ex namorada, e foi, por incrível que pareça, inocentado do crime. Este livro mostra a importância da escolha dos advogados de defesa e acusação, o Juiz, o Tribunal, o que acontece com os envolvidos que irão depor, o acusado, os familiares das vítimas, entre outros... Uma aula!

Já nos aproximando do final, sugerimos a leitura do brasileiro Como os advogados salvaram o mundo, de José Roberto de Castro Neto. Livro rico em detalhes e curiosidades sobre o exercício da advocacia. Uma aula e verdadeira ode ao direito. Narra como teria surgido a advocacia e como ela evoluiu com a humanidade, se tornando fundamental na história, e mudando, muitas vezes, seu curso.

E por último, trago aqui meu livro favorito, Tempo de Matar, do mestre John Grisham. Um livro forte que trata também de temas sensíveis como racismo, estupro e injustiça. Traz um homem negro, pai de família, que mata dois homens brancos que estupraram sua filha de 9 anos e vai a julgamento por homicídio. Com um final emocionante e inesperado, Tempo de Matar é leitura obrigatória para se ver o lado humano na advocacia. Boa leitura!

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