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Crime, uma questão de mercado
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Por Hamilton Nogueira. Pedagogo, jornalista, ex-analista de sistemas e mestre em Ciência Política com trabalho em Desinformação. Escreve sobre Tecnologia na perspectiva do comportamento, desenvolvimento e esperança de dias melhores

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Crime, uma questão de mercado

Vai à sanção um Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Digital. Em resumo, temos um rumo
Tipo Opinião
Fortaleza, CE, Brasil, 05-07-2016: Crianças aprendem tecnologia de forma criativa na escola Gênio Azul. (Foto: Mateus Dantas / O Povo) (Foto: MATEUS DANTAS)
Foto: MATEUS DANTAS Fortaleza, CE, Brasil, 05-07-2016: Crianças aprendem tecnologia de forma criativa na escola Gênio Azul. (Foto: Mateus Dantas / O Povo)

Vai à sanção presidencial o projeto de lei que cria um conjunto de regras relativas à proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital. Vale para redes sociais, sites, programas, apps, jogos eletrônicos. Ou seja, todo e qualquer tipo de plataforma onde se domina uma sedução para atração e permanência de gente inocente.

O projeto que ficou conhecido a partir do termo “adultização” pretende mesmo é fazer com que o crime não valha tanto a pena do ponto de vista econômico. Porque, na verdade, os crimes eram tratados com omissão ou naturalidade em função do lucro. Mesmo a despeito das práticas mais abjetas.

Empresas fornecedoras de serviço deverão remover conteúdos relacionados a abuso sexual, sequestro, aliciamento ou exploração e comunicar o fato às autoridades – nacionais ou internacionais. Provedores de redes sociais devem garantir que pais tenham vínculo direto às contas de crianças e adolescentes até 16 anos de idade.

Outro ponto muito importante: será proibido direcionar publicidade a partir de perfil de consumo para essa mesma faixa etária, juntamente com análise emocional ou realidade aumentada. Como penalidade, caberá advertência, multa, suspensão ou proibição de exercer atividades, acumulando com o devido processo criminal ou administrativo. Em resumo, temos um rumo.

Democracia e Laboratório do Futuro

Ano que vem tem eleição, e quem lida com comunicação pública se depara com a lógica insana a partir da qual eleger-se é o fim maior. Custe o que custar. Vale tudo para isso. E depois que a mentira de massa passou a ter valor mensurável e metodológico no mercado, a coisa piorou.

Pois bem, o Laboratório do Futuro, formado pela Universidade Federal do Ceará e Instituto Mutirão, provoca a sociedade no Dia 11 de setembro por meio de um ciclo de debates voltadas para Estratégias Digitais para Políticas Públicas no Brasil. Na pauta, soberania digital, letramento, tecnologias abertas e design de políticas.

Tudo aquilo que deveria ser discutido com honestidade intelectual, mas nem sempre é. Pequena contribuição dessa coluna: no processo eletivo, um ator fundamental é o partido político. Sem o engajamento dessa instituição como disciplinadora de melhores práticas, conscientizada pelo seu papel democrático, ou instigado pelo Tribunal Superior Eleitoral, será difícil vermos avanços.

Léo Suricate, deputado(Foto: Lorena Frota/O POVO)
Foto: Lorena Frota/O POVO Léo Suricate, deputado

Sua excelência Suricate

Deputado estadual Léo Suricate (PSOL) apresentou emenda cujo teor reconhece a internet como direito fundamental no Ceará. Há um pioneirismo aí, uma vez que toca na “garantia de acesso universal, seguro e de qualidade para a rede”.

Que é instrumento essencial no combate às desigualdades sociais, por possibilitar o empreendedorismo e a capacitação do jovens, além da participação política, nós sabemos. Agora é preciso aprovar sabendo que tem como consequência prática uma pressão por políticas públicas e ações estatais que deverão observar esse princípio, especialmente ao formular leis, planos, programas e orçamentos.

Tecnologia e clima

De 15 a 19 de setembro, Fortaleza receberá a 3ª Conferência Internacional sobre Clima e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (Icid 2025). Mais de 40 sessões temáticas sobre mudanças climáticas, adaptação e desenvolvimento sustentável em regiões secas ao redor do mundo. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará (Secitece), assim como outros órgãos, estão a frente do evento que tem tudo a ver com tecnologia.

 

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