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Docentes das UFs cearenses decidem aceitar proposta do Governo e sair coletivamente da greve
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Vertical política

Docentes das UFs cearenses decidem aceitar proposta do Governo e sair coletivamente da greve

Categoria ainda deve fazer outra assembleia, prevista para ocorrer entre 26 de junho e 2 de julho, para avaliar o encerramento definitivo da paralisação
Docentes das universidades federais cearenses decidiram aceitar proposta do Governo e sair coletivamente da greve (Foto: Yuri Gomes/especial para O Povo)
Foto: Yuri Gomes/especial para O Povo Docentes das universidades federais cearenses decidiram aceitar proposta do Governo e sair coletivamente da greve

Os docentes das universidades federais do Ceará decidiram aceitar proposta feita pelo governo e deixar coletivamente a greve da categoria. A decisão foi tomada após nova assembleia da categoria realizada nesta sexta-feira, 21. Mesmo com reajuste zero em 2024, uma das principais insatisfações dos professores, o movimento avaliou que avanços ocorreram durante as negociações.

Foram 107 votos para a saída da greve, 58 para manutenção e outras sete abstenções. Decisão foi tomada em assembleia geral puxada pelo Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc).

Agora, a questão será levada ao Comando Nacional de Greve dos docentes de instituições federais, que ainda assinarão acordo com o Governo Federal. Com o fechamento do acordo, docentes do Ceará deverão então convocar uma nova assembleia, prevista para ocorrer entre 26 de junho e 2 de julho, para avaliar o encerramento definitivo da paralisação.

"A decisão daqui vai ser enviada para o Comando Nacional de Greve, que receberá os resultados de todas as assembleias. E nós definimos aqui, apontamos para o comando, um período de 26 de junho até 2 de julho para que nós possamos chamar uma nova assembleia definir, se for o caso, o encerramento da greve, mas apenas mediante um acordo com o governo federal", explica a presidente da Adufc, Irenisia Oliveira.

Com docentes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Cariri (UFCA) e Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), a assembleia aconteceu nos jardins da Reitoria da UFC e em outras 10 cidades cearenses.

Na quarta-feira, 19, professores e técnicos do Instituto Federal do Ceará (IFCE) aceitaram a proposta do Governo Federal e a greve deve ser encerrada nos próximos dias. A nível nacional, a Universidade de Brasília (UnB), uma das principais do país, também aceitou a proposta e deve retomar as atividades.

A greve dos docentes nas universidades federais do Ceará completou dois meses no último dia 15 de junho. Os técnicos, por sua vez, estão em greve desde março.

A última proposta do Governo Federal prevê pagamento de reajuste em duas parcelas: janeiro de 2025 (9%) e maio de 2026 (3,5%) e reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. Em 2024, no entanto, o reajuste será zero, uma das principais insatisfações dos docentes.

A avaliação é que apesar de não conseguirem êxito no reajuste para 2024, a greve alcançou avanços, tanto para os docentes quanto para as Universidades. No início do mês, o Ministério da Educação (MEC) anunciou recomposição orçamentária de R$400 milhões para as UFs de todo o país.

Nessa quinta-feira, 20, o presidente Lula (PT) anunciou investimentos de 778,9 milhões nas instituições federais do Ceará em passagem por Fortaleza. Entre as obras estão previstos novos campi do IFCE e a construção do Campus Iracema, hospital universitário da UFCA e o novo hospital universitário da UFC.

por Yuri Gomes - Especial para O POVO

 

 

 

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