Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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O candidato do União Brasil à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner, denunciou no fim da noite dessa quinta-feira, 19, uma espécie de “gabinete do ódio” da extrema direita. Wagner afirma que a “milícia digital” tenta ferir sua honra e sua “sanidade mental”, além de atacar sua esposa e seus filhos.
Wagner denuncia duas situações, a mais grave se trata de um grupo no WhatsApp, com o nome “André Fernandes Prefeito” e que conta com mais de 450 pessoas. De acordo com o ex-deputado, esse grupo cria e difunde desinformação, além de “coordenar” ataques virtuais ao candidato.
De acordo com Wagner, no grupo há assessores e advogados de parlamentares, vereador de mandato, deputado de mandato, candidatos a vereador e grupos ligados à extrema direita de Fortaleza, como o “Endireita Fortaleza” e “Acorda Fortaleza”. “Tudo isso aqui para replicar ódio, desinformação e fake news”, afirma Wagner.
Em uma das situações narradas por Wagner, um integrante do grupo teria editado e narrado um vídeo, utilizando um atestado médico do ex-deputado, para mostrar “despreparo emocional” de Capitão para gerir a cidade.
No atestado apresentado, Wagner teve uma crise de ansiedade. O fato aconteceu quando ele estava na ativa da Polícia Militar e se disse perseguido pelo governo Cid Gomes (PSB), que em um mês realocou quatro vezes o então servidor público em quartéis do Interior.
“Vocês nunca foram perseguidos pelo governador do Estado sendo servidor público, eu sei o que é ser perseguido pelo sistema. Vocês só sabem estar nas redes sociais esculhambando todo mundo. A campanha do ódio não vai me atingir”, afirma Wagner.
O candidato revela que pediu para a esposa e os filhos se afastarem das redes sociais para preservar a saúde mental. “Passaram um ano e meio me atacando, aí na hora que a gente mostra a verdade, vocês vem com isso”, continua o candidato.
Em determinado momento do vídeo Wagner mostra a captura de tela de um suposto assessor do deputado Alcides Fernandes (PL), chamado Robson. Que imputa ao candidato um suposto alinhamento com Sarto (PDT) em um momento em que Wagner auxiliava o candidato do PDT com problemas técnicos no microfone em um debate.
Capitão Wagner afirma que durante muito tempo tentou dialogar com André Fernandes (PL) para que a relação não chegasse a esse ponto. Ele critica o candidato do PL por não se desculpar pelas atitudes consideradas “equivocadas” na juventude e já quando era deputado estadual. “Com 14 anos eu já trabalhava, com 17 anos eu já estava de carteira assinada”, pontua Wagner.
O candidato criticou as falas de André Fernandes afirmando que se sentia “apunhalado pelas costas” por Wagner após propaganda no horário eleitoral gratuito em que ele usava vídeos de André da época de “youtuber”. Wagner afirma que é atacado há mais de um ano pelo grupo de André.
Wagner ainda ironizou o plano de governo de André, que segundo o candidato teria apenas três páginas e estaria “copiando” o de Wagner e a mudança de cores do candidato do PL, que agora utiliza a cor azul, associada a Capitão Wagner desde 2016, quando se candidatou à Prefeitura pela primeira vez.
Wagner afirma que seus advogados acionaram a Justiça contra os crimes cometidos no grupo, com capturas de tela, imagens e número dos integrantes. A coluna entrou em contato com a campanha para mais detalhes sobre a denúncia e aguarda o retorno.
Outra denúncia levada à Justiça por Wagner é a do furto de bandeiras da sua campanha. O candidato afirma que mais de duas mil, das 10 mil espalhadas pela cidade, teriam sumido. Ele mostra um vídeo em que homens aparecem retirando as bandeiras da calçada e guardando dentro de um veículo branco.
Em outro vídeo um homem aparece caminhando e retirando as bandeiras. Wagner afirma que fatos semelhantes aconteceram próximo ao Aeroporto Internacional Pinto Martins, na Praça da Imprensa, próximo ao North Shopping e em outras áreas da cidade. O candidato não levantou suspeitas de qual candidato estaria por trás das ações.
Por Yuri Gomes - Especial para O POVO
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