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Capitão Wagner rebate Elmano e nega apoio de Júnior Mano em 2022
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Capitão Wagner rebate Elmano e nega apoio de Júnior Mano em 2022

O ex-deputado federal vinha tecendo críticas ao parlamentar investigado, mas, segundo governador Elmano de Freitas, os dois eram aliados no passado
O ex-deputado federal Capitão Wagner, dirigente do União Brasil (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE O ex-deputado federal Capitão Wagner, dirigente do União Brasil

Por Camila Maia / especial para O POVO

O ex-deputado federal e presidente estadual do União Brasil, Capitão Wagner (União), negou que o deputado federal Júnior Mano (PSB), alvo de investigações por desvios de emendas, tenha sido seu apoiador de campanha nas eleições de 2022.

tese foi apresentada pelo governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), na última terça-feira, 15, em entrevista ao O POVO.

Segundo Elmano, Wagner vem fazendo ataques “fortes” associando seu governo às operações ligadas ao parlamentar. “Não imaginei que ele fosse capaz disso. Atacar alguém que votou nele”, criticou o governador.

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“Eu queria só saber de onde ele tira essa informação, porque se você pesquisar na campanha passada, não tem nenhum vídeo do Júnior Mano pedindo voto para mim. Ele não fez nenhum evento pedindo voto para mim e ele apenas estava no partido que me apoiava”, ressalta Wagner.

O ex-deputado diz ainda que o gestor “está querendo tirar do colo dele uma bomba clara, que é esse envolvimento do deputado com esse grupo criminoso”. Wagner fzz referência ao prefeito foragido de Choró, Bebeto Queiroz (PSB). O suposto elo entre Mano e Bebeto foi denunciado ao Ministério Público pela ex-prefeita de Canindé, Rozário Ximenes.

“Toda a política do Ceará e todos os profissionais de segurança sabem quem é o Bebeto Choró, aliado de primeira hora do Júnior Mano, que já foi preso não só por crimes políticos, mas por crimes comuns, como porte ilegal de arma. Uma investigação da Polícia Federal aponta tráfico de entorpecente e envolvimento com facções. Então, é realmente uma bomba, e o governador está querendo tirar do colo dele algo que claramente tem relação com o governo dele”, argumenta o dirigente do União.

“O governador não tem o costume de se posicionar em situações como essa e passa a mão na cabeça de quem comete esse tipo de crime. Independente de ter sido ou não meu apoiador, e o Júnior não foi, eu não deixaria de me posicionar em um caso tão grave como esse que envolve facções”, pontua.

Liderança estadual do Partido Liberal, o deputado Carmelo Neto (PL), ao ser questionado pela antiga aliança de Júnior Mano com a sigla, relembrou a expulsão do parlamentar após apoiar o atual prefeito Evandro Leitão (PT) durante o pleito de 2024. A atitude do deputado foi considerada “inadmissível” pelas lideranças na época.

Elmano relembra aliança de Júnior Mano com oposição

Em entrevista ao O POVO News nessa terça-feira, 15, o governador relembrou o alinhamento do deputado federal alvo das operações da PF com a oposição nacional e estadual. Segundo Elmano, o parlamentar fez campanha para o Capitão Wagner em 2022, na disputa pelo Governo do Ceará, além de apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem era correligionário.

“A oposição deve lembrar que o deputado Júnior Mano fez campanha para o Bolsonaro, fez campanha para o Capitão Wagner. Ele não fez campanha para mim, para governador”, destacou Elmano. Ele complementou: “Após a eleição de 2022, deputado federal, ele passou junto com outros deputados a colaborar com base do governo do presidente Lula e teve uma aproximação, especialmente da campanha agora municipal, do nosso candidato prefeito Evandro Leitão (PT), como outros também tiveram essa aproximação”.

Questionado também sobre recentes ataques do ex-deputado Capitão Wagner, associando o Governo com questões judiciais de Mano, o chefe estadual os considerou “mais forte” do que o usual.

Na última terça-feira, 8, Junior Mano se tornou alvo de operação da Polícia Federal, a qual apura crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fim eleitoral. O deputado nega envolvimento com o caso.

 

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