
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Camila Maia/ especial para O POVO
Em meio aos convites de filiação feitos para Ciro Gomes (PDT) pelos partidos de oposição no Ceará, União Brasil e PSDB, deputados afirmam que candidato ao Governo do Estado ainda não está definido.
O ex-ministro e ex-presidenciável Ciro Gomes vem sendo cotado pelas legendas com o foco na vaga para o Executivo em 2026, mas nomes como Roberto Cláudio (sem partido) e Eduardo Girão (Novo) também são considerados para chapa única.
Ciro recebeu convite do ex-correligionário Tasso Jereissati (PSDB) e esteve reunido em jantar com a bancada estadual de oposição na terça-feira, 15. Além do convite do tucano, ele também é avaliado pelo União Brasil.
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Apesar dos convites, deputados aliados defendem a formação de unidade para candidatura única ao invés da definição de nomes por agora.
“Esse nome pode ser o do Ciro, ele é aceito por todos nós, pode ser o Roberto Cláudio ou pode ser outro nome de outro partido. Vamos dizer que nós temos um problema bom: saber que a unidade está acima de tudo em favor de um projeto que venha salvar o Ceará”, diz Antônio Henrique (PDT), deputado estadual.
“Aqueles que fazem oposição na Assembleia, eles defendem não o nome de um candidato específico para o Governo, mas um projeto que venha para salvar o estado do Ceará", argumenta. “Eu não tenho dúvida que ele é bem recebido e aceito tanto no PSDB quanto União Brasil. Acredito que em qualquer outro partido que esteja na oposição ao Governo do Estado”, complementa.
Conforme o deputado estadual Cláudio Pinho (PDT), Ciro ainda não comunicou a possível saída da sigla brizolista, e deputados defendem permanência da oposição no partido.
“Estamos vendo as coisas com naturalidade. Ele não fala nada dessa questão de sair do PDT. Se nós pudéssemos segurá-lo para ficar com o partido, nós ficaríamos”, afirma.
A condição para permanência de alguns oposicionistas na sigla, no entanto, é o lançamento da candidatura de Ciro ao Governo pelo PDT em 2026, também como oposição. “Agora, se o partido optar por não querer o Ciro candidato e não chegar ao consenso, pode ser que muitos o acompanhem”, contrapõe Pinho.
“O PDT chamou inclusive, em algum momento, o Ciro para ser presidente nacional do partido. O Lupi (dirigente nacional) disse que a saída era muito ruim para ele. Então, deve ter uma conversa entre o presidente nacional e o Ciro para definição. Caso isso não seja possível, ele vai procurar outro rumo”, justifica.
Em entrevista à Vertical na quarta-feira, 16, o presidente estadual do União Brasil, Capitão Wagner, afirmou que a migração de Ciro pode ser um “fortalecimento para o partido”.
“Caso ela se concretize, é um fortalecimento do partido e ficamos felizes com isso”, completa.
Apesar do histórico de embates, inclusive no âmbito judicial, o presidente estadual defende unidade com Ciro.
“Eu tive conflitos bem duros com Roberto Cláudio também, com o próprio Ciro, e a gente entende que, para o crescimento do partido e para termos um arco de aliança forte para vencer a eleição no próximo ano, temos que deixar qualquer mágoa ou qualquer questão pessoal em segundo plano”, argumenta Wagner.
Deputado estadual do Ceará, Sargento Reginauro (União) ressalta que a decisão ainda não foi tomada, além da possibilidade de escolha de outro candidato.
“O nome do Ciro está sendo cotado, está sendo muito bem recebido no interior do Estado. De fato, o presidente Rueda (do União) entrou em contato com ele, mas essa é uma decisão que só o Ciro poderá responder, se ele vai estar no União Brasil ou se ele vai para o PSDB”, afirma Reginauro.
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