Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
O vereador Luciano Girão (PDT) questionou nesta quinta-feira, 23, valor previsto para a venda de uma via pública, localizada no Barroso, que tem sua desafetação prevista em um projeto de lei pautado na sessão de hoje da Câmara Municipal de Fortaleza.
A desafetação envolve terreno de 1.144 m² que, apesar de aparecer nos mapas oficiais como via pública, nunca foi ocupado pelo poder público e é hoje parte do estacionamento de uma distribuidora de alimentos. A ideia, ainda da gestão José Sarto (PSDB), era desafetar a região de vez, permitindo a venda do terreno em até R$ 192,6 mil.
LEIA TAMBÉM: Câmara "resgata" mais uma desafetação de via pública da era Sarto
O valor, mesmo reajustado com a inflação, foi questionado nesta quinta-feira por Girão. “Teve uma correção, passando de R$ 187 por metro quadrado para R$ 215 o metro quadrado. Mas, fazendo uma rápida pesquisa, um terreno ali de iguais medidas está por R$ 492 (o metro quadrado)”, questiona Luciano Girão.
Ele também aponta a existência de ocupações na região, que seriam desconsideradas no projeto. “Pelo projeto, essa área a ser desafetada é uma área onde tem várias casinhas sendo construídas. O que está sendo feito sobre isso? Essa empresa está levando essas pessoas para um local digno? Se estiver, joia, se não, esse preço está errado”.
A medida, apresentada em agosto do ano passado e que estava sem movimentações desde então, foi “resgatada” por vereadores cerca de duas semanas após a Casa aprovar medida semelhante para terreno de 2.833,20 m² de uma antiga via pública no bairro Luciano Cavalcante. Naquela ocasião, desafetação tinha como objetivo unir dois lotes separados nos mapas oficiais por uma rua que nunca foi construída pelo poder público.
Aliados da gestão têm justificado as ações como parte do esforço da atual gestão no sentido de "reerguer" o caixa municipal diante de situação negativa dos cofres públicos recebida da gestão José Sarto. Eles alegam ter objetivo de reverter rebaixamento da nota de Capacidade de Pagamento (Capag) da Prefeitura, diminuída para Capag C no início deste ano. (colaborou Camila Maia - Especial para O POVO)
Política é imprevisível, mas um texto sobre política que conta o que você precisa saber, não. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.