Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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O Campo Popular, grupo de movimentos sociais que acompanha a formulação do novo Plano Diretor de Fortaleza, se manifestou neste último fim de semana em defesa da indicação da vereadora Adriana Gerônimo (Psol) como relatora do projeto de lei do documento na Câmara Municipal de Fortaleza.
A declaração ocorreu inclusive na noite do último domingo, 26, quando a Conferência da Cidade concluiu votação dos últimos pontos do novo Plano Diretor. A votação, que teve ares de vitória para os movimentos sociais, incluiu a aprovação de proteção ambiental para área da Floresta do Aeroporto, no entorno do aeroporto Pinto Martins.
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"Adriana relatora, Adriana relatora", repetiu um coro de integrantes do grupo durante a votação. O projeto, no entanto, ainda precisará por discussão e votação final no Legislativo de Fortaleza, podendo ser alterado por vereadores da Casa. A expectativa é que o projeto seja enviado até a próxima semana à Câmara.
Em manifestação sobre o tema, a vereadora agradeceu pelo apoio e destacou disposição para disputar pela posição. “Estou muito honrada com a indicação do Campo Popular do Plano Diretor para que eu seja a relatora do Plano Diretor. Me coloco nessa disputa por entender que os interesses da população, que historicamente está à margem dos direitos, precisam ser preservados”, afirma Adriana.
“Participei de todas as reuniões do Núcleo Gestor, do processo participativo, das audiências públicas na gestão do ex-prefeito Sarto e, agora, na gestão do Evandro Leitão. Levamos o debate do Plano Diretor aos territórios da cidade e não abrimos mão de ter um Plano Diretor que represente o povo excluído e inclua a participação popular como prioridade”, diz ainda. “Estou pronta e tenho trajetória e bagagem suficientes para ser a relatora”, conclui.
Atualmente, segue indefinição na Câmara Municipal sobre quem deverá ser relator do documento. Até recentemente mais cotado para a posição, Benigno Júnior (PSD) é visto como fora da disputa por ser o atual presidente da Comissão Especial do Plano Diretor na Casa. Vereadores chegaram a realizar articulação pela indicação de Emanuel Acrízio (Avante), atualmente licenciado, para o posto.
A indicação de Acrízio, no entanto, provoca forte resistência entre ambientalistas e movimentos sociais. Entre os motivos, está o fato de o vereador ter sido o autor de uma lei reduzindo áreas verdes da Capital. O próprio Acrízio, no entanto, nega interesse na vaga.
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