Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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O senador Cid Gomes (PSB) afirmou nesta quinta-feira, 4, que possui compromisso pessoal de apoiar a eventual reeleição do governador Elmano de Freitas (PT) para o Estado do Ceará em 2026. Em participação no Talk Show Ivo Milgrau, senador ainda classificou a aliança política do irmão Ciro Gomes (PSDB) com a ala bolsonarista, em busca do governo estadual, como “constrangedor”.
“Eu, pessoalmente, tenho um compromisso com o Elmano. Se ele for candidato a reeleição, eu tenho um compromisso de votar com ele. Esse é a é o meu jeito de ser. Eu assumo as minhas posições”, afirma o senador pessebista.
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A declaração surgiu em meio aos questionamentos do público de como o senador percebe a aproximação do ex-ministro com o bolsonarismo cearense, liderado pelo deputado federal André Fernandes (PL) no Estado. “Não tem assunto para mim mais constrangedor, mas eu tenho e me esforço para ter sempre a minha consciência tranquila”, rechaça Cid.
Em sua justificativa, senador relembrou que os irmãos da família Ferreira Gomes tiveram uma primeira e única divergência com o cenário eleitoral de 2022, o qual ocasionou um racha entre o PDT e a base governista, assim como a saída do grupo político de Cid da sigla brizolista. Cid pontuou tanto a derrota nacional de Ciro quanto a local de Roberto Cláudio (União) para o Palácio da Abolição após o episódio.
“Acho que juntou o fígado do Ciro com uma ambição desmedida do Roberto Cláudio e resolveram romper uma relação que a gente tinha com o Camilo, que tinha sido governador pelo meu apoio e que foi reeleito”, diz.
Cid ressalta que no período estava trabalhando para garantir o apoio do PT, com Lula e Camilo, para um dos quatro pré-candidatos do PDT ao governo, mas que Ciro e Roberto Cláudio entenderam essa articulação como uma intromissão no partido, defendendo que o PDT deveria decidir sozinho.
Desde a migração dos aliados de Cid ao PSB, grupo busca reaproximação com o governismo conforme Cid. “O sentimento da grande maioria dessas pessoas que eram nossas do PDT e que a grande maioria está hoje no PSB era da gente reaproximar com o Governo. E a gente vai, reaproxima, e você não pode dar cavalo de pau, pelo menos eu não tenho cara para isso”, certifica senador.
“Se eu me aproximo, faço um pedido, faço dois pedidos, faço três pedidos, tô lá, aí de última hora, eu vou mudar de opção? É complicado”, prossegue. Atualmente, partido de Cid busca apoio do governo petista para eleição do deputado federal Júnior Mano (PSB) ao Senado Federal.
por Camila Maia - Especial para O POVO
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