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Cemitério São João Batista, um ponto histórico!
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Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza e vice-presidente da Academia Cearense de Administração (Acad)

Cemitério São João Batista, um ponto histórico!

.A longa trajetória do São Batista permite conviver-se com os diferentes estilos arquitetônicos dos seus túmulos, do neoclássico, gótico ao eclético, alguns deles com anjos importados da Europa e materiais como gesso, cobre e pedras, que enriquecem a arquitetura de Fortaleza
Tipo Opinião
Cemitério de São joão Batista (Foto: Rafael Seixas)
Foto: Rafael Seixas Cemitério de São joão Batista

Inaugurado em 1866, em substituição ao São Casemiro, que sofria influências das dunas ali existentes, onde foi construída a Estação Ferroviária João Felipe, o Cemitério São João Batista, com área de 95 mil metros quadrados, é o guardião da memória de ilustres personagens.

Uma das formas de se perceber essa importância histórico-cultural do São João Batista é fazer-se um cotejo com as praças, equipamentos e vias urbanas de Fortaleza. Nestas, prestam-se homenagens a destacados vultos, como é o caso dos Barões (de Aquiraz, de Studart, de Aratanha), Carlos Jereissati, Virgílio Távora, Tristão Gonçalves, Boticário Ferreira, Dragão do Mar e tantos outros.

Cego Aderaldo, Mister Hull, Cônego Bessa, Demócrito Rocha, Meneses Pimentel, Cordeiro Neto, Natércia Campos, Rogaciano Leite, Frei Tito, Soares Bulcão, Rodolfo Teófilo, Plácido Castelo, Pessoa Anta, Padre Mororó, Juvenal de Carvalho, Quintino Cunha, Martins Filho são outras ilustres personalidades cujos corpos foram depositados no São João Batista.

A longa trajetória do São Batista permite conviver-se com os diferentes estilos arquitetônicos dos seus túmulos, do neoclássico, gótico ao eclético, alguns deles com anjos importados da Europa e materiais como gesso, cobre e pedras, que enriquecem a arquitetura de Fortaleza.

E muitas lendas fazem parte do histórico do cemitério, como a da Mulher Serpente, ou relatos de aparições como a de um visitante que, receoso de ficar sozinho numa visita tardia, aproximou-se de uma mulher que lá estava e, confiante, lhe disse ter medo de pessoas mortas, ao que ela teria retrucado: quando eu era viva, também tinha.

Assim, defendemos a ideia de um São João Batista como equipamento turístico-cultural de Fortaleza. Afinal, ele é o ponto extremo do chamado corredor que se inicia no antigo prédio da Alfândega, passando pela 10ª. RM, Catedral, Passeio Público, Santa Casa e a antiga Estação Ferroviária.

Desta forma, a Irmandade teria como manter o Cemitério em muito melhores condições, permitindo às famílias, aos turistas, aos historiadores e aos amantes da cultura um novo e rico espaço da história cearense.

 

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