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Revisitando o Cemitério São João Batista.
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Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza e vice-presidente da Academia Cearense de Administração (Acad)

Revisitando o Cemitério São João Batista.

.Em uma parceria com o poder público, as universidades, colégios, academias, institutos, representações do empresariado e atuais responsáveis pelos túmulos, pode-se dar vida a um projeto que engrandecerá ainda mais a rica história do Ceará
Tipo Opinião
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FORTALEZA-CE, BRASIL,02.11.2025: Visitas aos cemitérios no dia de Finados. São João Batista.  (Fotos: Fabio Lima/OPOVO) (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA FORTALEZA-CE, BRASIL,02.11.2025: Visitas aos cemitérios no dia de Finados. São João Batista. (Fotos: Fabio Lima/OPOVO)

No artigo publicado neste Jornal O POVO, no dia 08 de setembro deste 2025, fizemos um breve apanhado da importância histórica do Cemitério São João Batista, às vésperas de completar os seus 160 anos de inauguração.

No ensejo, colocamos como importante a transformação do Cemitério em um equipamento turístico-cultural, dada essa história centenária, sua riqueza arquitetônica e artística, permitindo a proteção e a promoção do patrimônio histórico, a criação de espaço para aprendizado sobre a história de Fortaleza, arte tumular e personalidades ali sepultadas.

Com isso, o Cemitério seria desmistificado como um local tabu e visto na sua realidade de um ambiente de reflexão e um museu a céu aberto, capaz de contar a história dos grandes vultos da nossa história, como políticos, artistas, empresários, intelectuais e heróis.

Os 95 mil metros quadrados do São João Batista permitem roteiros diversificados. Para além das visitas a túmulos dessas figuras da história política, das artes em suas diversas formas e daqueles que geraram lendas e contos populares, há outros focos a explorar, como a arquitetura, a escultura e a simbologia ali presentes.

É também um ambiente propício a visitas especiais noturnas, para uma experiência imersiva, exposições temporárias, aulas, oficinas de Tanatologia, lançamentos de livros, apresentações artísticas, dentre outras formas de atração para o público, tanto local quanto os turistas que visitam Fortaleza e querem enriquecer sua experiência com a história da cidade, tudo com o respeito e a discrição exigidos.

Os temas para a programação cultural e educativa são por si sós muito ricos, como a simbologia tumular, a arte e a arquitetura funerária, os trabalhos dos escultores e a própria história da morte. Afinal, pode-se escolher entre patrimônio e arte, história e memória, turismo e cultura, dentre outros olhares não excludentes.

Em uma parceria com o poder público, as universidades, colégios, academias, institutos, representações do empresariado e atuais responsáveis pelos túmulos, pode-se dar vida a um projeto que engrandecerá ainda mais a rica história do Ceará.

Foto do Vladimir Spinelli

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