Logo O POVO+
Ex-atleta do Ceará Esports compartilha trajetória no Valorant: "Não vou dizer que é fácil"
Foto de Wanderson Trindade
clique para exibir bio do colunista

Wanderson Trindade é repórter do O POVO+ e player1 do UP Gamer+, programa de entrevistas durante partidas de jogos eletrônicos. Por aqui, escreve um pouco de tudo sobre o universo gamer no Ceará, no Brasil e no mundo, além de trazer informações do cenário competitivo, com foco no FPS.

Ex-atleta do Ceará Esports compartilha trajetória no Valorant: "Não vou dizer que é fácil"

Conheça parte da carreira de Gabriel "Noside" Esteter, que atua como duelista no Valorant, jogo FPS da Riot. Imortal 3, ele mostra suas habilidades todos os dias na Twitch TV
O beta do Valorant foi lançado em 2020 e de lá para cá conquistou milhares de fãs e um cenário competitivo acirrado (Foto: Riot Games / Reprodução)
Foto: Riot Games / Reprodução O beta do Valorant foi lançado em 2020 e de lá para cá conquistou milhares de fãs e um cenário competitivo acirrado

Versátil, obstinado e talentoso, o jovem Gabriel Esteter, 21 anos, é mais um brasileiro que busca a profissionalização e o destaque através dos esportes eletrônicos. Mas diferente de muitos que tomam o segmento só por "brincadeira", ele vive, respira e consome os games quase 24 horas por dia. Conhecido como “Noside” no cenário virtual, é um dos ex-integrantes da equipe de Valorant do Ceará Esports.

Semiprofissional de Counter-Strike desde 2016, Noside viu uma oportunidade de alcançar sua profissionalização de vez através do FPS "first-person shooter, termo inglês para gêneros de jogos de tiro em primeira pessoa" da Riot, lançado em 2020. “Não tinha salário nem nada”, compartilha.

Gabriel "Noside" Esteter é jogador do time de Valorant do Ceará Sports(Foto: Arquivo pessoal)
Foto: Arquivo pessoal Gabriel "Noside" Esteter é jogador do time de Valorant do Ceará Sports

“Comecei a jogar Valorant desde o beta. Fui jogando e jogando durante a pandemia, sempre tentando ser o melhor, aprendendo a ser o melhor. Eu já sabia o básico do FPS e pensava: ‘vou melhorar e quem sabe um dia eu entre no cenário profissional’”, relembra.

Considerando-se um player agressivo dentro do servidor, Noside joga de duelista, que é a categoria de personagens que se deslocam rapidamente para entrar e sair do território adversário.

Foram com essas características que o jovem foi evoluindo e ganhando destaque no cenário competitivo.

De Mococa, no interior de São Paulo, também chamou atenção de organizações, até que em junho de 2022 foi anunciado para a line do recém-criado time de Valorant do Ceará Esports.

“Nesses últimos meses treinamos bastante, jogando e assistindo vods (jogos de outros times) para analisar e colocar novas táticas em prática no nosso time”, afirma, apontando as dificuldades de manter ritmo e habilidade em um patamar elevado.

 

 

.


“Não vou dizer que é fácil. Jogo, assisto e estudo tudo sobre o game 15 horas do meu dia. Você nunca sabe tudo, sempre surge uma coisa nova para aprender. Sempre tem que jogar e assistir,” completa ele, dizendo ser "um sonho" a possibilidade de alcançar grandes ligas da modalidade que já rendeu um título Mundial ao Brasil, com a Loud em setembro.

A pretensão, porém, terá que ser realizada por outra equipe, já que seu time foi desfeito há algumas semanas. Durante o período em que defendeu o escudo do Vozão, Noside conta que não recebia salário nem ajuda de custos. Qualquer compensação financeira, conta ele, só iria passar a acontecer caso alguma empresa oferecesse patrocínio à equipe.

Com a disband alvinegra, Gabriel Noside tem dado prosseguimento ao game, disputando rankeds e transmitindo suas partidas por meio de lives na Twitch TV.  Atualmente, ele é Radiante 3, uma patente abaixo da classificação mais alta dentro do Valorant. Suas habilidades e jogadas podem ser acompanhadas em seu canal na roxinha todos os dias, bem como em cortes compartilhados no Instagram e no TikTok.

Hoje dizendo-se muito focado nas lives, Noside demonstra mira, movimentação e noções de jogo que muito se assemelham a players de grandes organizações do cenário competitivo e profissional brasileiro.

"Chega uma hora que cansa jogar, estudar e assistir tantas horas por dia, mas você tem que ter a mentalidade de que, se quer conquistar uma coisa, tem que estar ali tentando e se dedicando. Você pode ser muito bom sem se dedicar. Mas as pessoas que não são tão boas, mas se dedicam, conseguem ser até melhores. Eu me vejo daqui uns tempos disputando grandes competições, sim. É se preparar e nunca parar de treinar", acredita.

Foto do Wanderson Trindade

Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?