A Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav Nacional) junto a outras nove entidades do setor do turismo elaboraram um plano contingencial para a área. A categoria enviou carta ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, solicitando cinco medidas emergenciais com o objetivo de garantir a sustentabilidade das empresas do setor de viagens e turismo, frente aos impactos do coronavírus na economia. A reunião ocorreu na última quinta-feira, 12.
"É de conhecimento geral que a pandemia do Covid-19 vai impactar diversos setores da economia brasileira. O setor do turismo, contudo, é um dos primeiros a sentir os impactos causados pelo fechamento de fronteiras e consequente cancelamento de viagens, encontrando-se totalmente paralisado", informa a nota enviada pela entidade.
De acordo com dados apurados e enviados aos associados das instituições, só no mês de março de 2020 a taxa de cancelamento de viagens é de 85%. “Considerando que no mês de março de 2019 o faturamento do setor foi de R$ 19,2 bilhões, os impactos imediatos já preocupam a sustentabilidade dos negócios, uma vez que não há previsões de novos faturamentos”, destaca.
Conforme a Abav, o setor do turismo faturou em 2019, R$ 238,6 bilhões. O dado inclui atividades de hospedagem e similares, bares e restaurantes, transporte de passageiros, agências de viagens e cultura e lazer. O número de pessoas formalmente empregadas nas atividades turísticas foi de 2 milhões de trabalhadores.
Para as entidades, "esta é a maior crise vivenciada pelo setor na era atual e prevemos um altíssimo índice de falências entre as empresas relacionadas ao turismo, resultando em milhares de pessoas desempregadas e impactos diretos e indiretos no PIB brasileiro".
Medidas solicitadas para a “reversão” do cenário:
- Disponibilização de linha de crédito especial na Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil para as empresas de turismo, com carência para início do pagamento de no mínimo 6 meses;
- Aprovação de decreto para postergar o pagamento de impostos relativos à folha de pagamento, também por seis meses, desde que quitados no exercício de 2020;
- Liberação do saque do FGTS para funcionários de empresas que exerçam atividade turística;
- Parecer favorável do Ministério da Justiça em relação à remarcação de viagens contratadas pelo consumidor, frente ao cancelamento e devolução de valores. As agências não possuem reservas hoje para realizar a devolução de valores e a remarcação da viagem seria uma solução para manutenção do negócio sem prejudicar o consumidor. Vimos ainda reivindicar que a Nota Técnica no 2/2020/GAB-SENACON/SENACON/MJ seja transformada em Portaria para que ela possa ser utilizada de forma mais ampla pelo setor;
- Redução do IRRF a 0% nas remessas para pagamentos de serviços turísticos ao exterior.
Entidades signatárias:
ABAV Nacional - Associação Brasileira de Agências de Viagens
ABIH - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis
ABRACORP - Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas
AIRTKT – Associação Brasileira dos Consolidadores de Passagens Aéreas e Serviços de Viagens
AVIESP - Associação das Agências de Viagens Independentes do Estado de São Paulo
AVIRRP - Associação das Agências de Viagem de Ribeirão Preto e Região
BRAZTOA - Associação Brasileira de Operadoras de Turismo
CLIA Brasil - Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos
FBHA - Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação
FOHB - Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil
O Covid-19 é causado pelo coronavírus Sars-Cov-2.
O nome "corona" se deve à coroa de espinhos que o envolve. Esses espinhos estão envolvidos por uma camada de gordura - retirada das próprias células humanas. Ele entra nessa capa de gordura para invadir outras células. Sem esta fina capa de gordura, o coronavírus morre.
Os coronavírus são transmitidos por ar e por mucosas. O vírus sobrevive bastante tempo em gotículas de espirro e tosse. Para evitar contaminação por meio das gotículas, recomenda-se ficar a pelo menos um metro e meio de pessoas com tosse ou espirrando.
O vírus também está em gotículas aerossóis. Elas são tão minúsculas e finas que ficam suspensas no ar, e contaminam principalmente pessoas que estão em ambientes fechados com ar condicionado.
Lave as mãos regularmente com álcool em gel ou com água e sabão. O álcool e o sabão matam vírus que podem estar nas mãos.
Mantenha ao menos um a dois metros de distância entre você e pessoas que estejam tossindo ou espirrando. O vírus do Covid-19 é transmitido por gotículas que estão nos corrimentos nasais e saliva. A distância entre pessoas com sintomas de gripe evita que as gotículas cheguem a você.
As mãos tocam todos os tipos de superfície e podem pegar vírus. Uma vez contaminadas, as mãos podem transferir o vírus para os olhos, nariz e boca. De lá, o vírus pode entrar no organismo e adoecer você.
Quando estiver rodeado de pessoas, cubra a boca com a dobra do cotovelo ao espirrar ou tossir. Também é possível usar lenços, que devem ser descartados prontamente depois do uso - dobre-os com a parte usada para dentro, a fim de evitar que o vírus se espalhe.
Se você está se sentindo mal, fique em casa. Caso tenha sintomas como febre, tosse e dificuldade em respirar, ligue para o posto de saúde mais próximo. A partir da ligação, os agentes de saúde indicarão o que você deve fazer: se deve ficar em casa, se encaminharão um profissional, ou se você pode ir a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Os sinais do novo coronavírus se assemelham ao de uma gripe comum:
- Febre
- Tosse seca
- Cansaço
- Dificuldade para respirar em alguns casos
- Pode haver dores no corpo
- Congestão nasal
- Coriza
- Dor de garganta
- Há casos de diarreia
- Pode haver infecção do trato respiratório inferior, como nas pneumonias.
Há pessoas que não desenvolvem nenhum sintoma.
Período médio de incubação: cinco dias, com intervalos que chegam a 12 dias - período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.
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