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Em franca evolução, Ceará de Guto Ferreira mostra a que veio na final da Copa do Nordeste
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Em franca evolução, Ceará de Guto Ferreira mostra a que veio na final da Copa do Nordeste

Treinador vai encontrando equipe ideal ao longo dos jogos com ajustes precisos e performances vão evoluindo
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Guto Ferreira deverá manter contra o Atlético-GO time titular dos dois últimos jogos (Foto: Felipe Santos/Cearasc.com)
Foto: Felipe Santos/Cearasc.com Guto Ferreira deverá manter contra o Atlético-GO time titular dos dois últimos jogos

A missão dada a Guto Ferreira quando foi contratado pelo Ceará foi muito simples: vencer sem importar com a forma ou estética do desempenho. E é isso que o treinador tem conseguido desde que chegou a Porangabuçu. Neste sábado, 1º, a equipe apresentou a maior demonstração disso ao bater o Bahia no primeiro jogo das finais da Copa do Nordeste.

No embate contra o Esquadrão, Guto mandou a campo a mesma base que vem atuando desde a retomada do futebol, tendo apenas uma mudança clara: a entrada de Leandro Carvalho na vaga de Rick. O camisa 80 jogou no lado esquerdo mesmo tendo preferência pela outra ala. Fernando Sobral continuou pela direita, ajudando na marcação pelo setor, que teria o perigo de Clayson e aproximações de Juninho Capixaba.

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A manutenção do esquema fez com que a parte defensiva continuasse sólida em todos os setores do campo, visto que pelo meio contava com as forças de Charles e Fabinho. Tanto que, assim como contra o Fortaleza, o Bahia não assustou o Ceará nos 90 minutos e precisou de um erro na saída de bola para marcar seu gol na partida.

Já na fase ofensiva, o Alvinegro apresentou repertório, procurando mais de uma alternativa para chegar ao gol. O primeiro tento surgiu de erro defensivo do Bahia, enquanto o segundo veio de um cruzamento na área. Já o terceiro aconteceu de um contra-ataque. Três formas diferentes para balançar as redes do Bahia.

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E esse repertório é algo que vem sendo apresentado ao longo das últimas partidas, que soma-se a evolução do time sob o comando de Guto Ferreira. Com exceção da goleada sobre o Barbalha, o começo da trajetória do técnico no Ceará foi pragmático, fazendo o necessário para vencer - fora que a parte física era sentida também. Contudo, a equipe tem mostrado crescimento nas atuações.

Nos últimos quatro últimos jogos, o Ceará tem se destacado pela evolução no desempenho, melhorando um pouco mais a cada partida. Contra o CRB dominou as ações do jogo e venceu com tranquilidade, embora o placar de 2 a 1 possa mostrar o contrário. Já na partida das quartas, contra o Vitória, o Alvinegro conseguiu o triunfo e mesmo com um a mais, não deixou que o adversário dominasse por completo o embate.

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Isso porque ter a posse da bola é diferente de criar chances para chegar ao gol. O Leão da Barra teve em um chute de bola para a sua jogada mais perigosa depois da expulsão - e do jogo. A força defensiva aliada da aplicação tática do Ceará se apresentou mesmo na desvantagem numérica.

Na semifinal o grande desafio até então. O Fortaleza foi a única equipe que venceu o Vovô na retomada, ainda no segundo jogo, por 2 a 1 no Cearense. A evolução entre os dois embates foi nítida em um fator: o Leão não causou perigos ao Ceará, que anulou as principais saídas ofensivas do Tricolor de Rogério Ceni.

E foi assim também que o Alvinegro conseguiu sair na frente na decisão da Copa do Nordeste. Ao enfrentar o Bahia, clube de maior investimento da região, o Ceará soube se portar quando teve a bola e quando não teve. Mudanças durante a partida também foram cruciais, visto que Mateus Gonçalves, que nem foi relacionado para a semifinal, entrou após a virada e marcou o terceiro gol.

E para atingir essa força defensiva, Guto não hesitou em promover ajustes ao longo das partidas. Primeiro, sacou o meia Lima e colocou o rápido Rick. Em seguida, colocou o volante Fernando Sobral no lugar de Felipe Baxola na ponta esquerda, aumentando a consistência tática da equipe sem perder força ofensiva.

Depois trocou o comando de ataque, colocando Cléber como titular, o que ajudou na marcação e pressão na saída de bola. Por fim, tirou o maestro Ricardinho para colocar o marcador Fabinho como dupla do Charles na volância, aumentando o poder defensivo da equipe.

Aos poucos, então, Guto Ferreira vai conhecendo o seu elenco e fazendo as modificações que entende como essenciais para encontrar o time ideal. E o mais importante para o torcedor é que vai fazendo isso vencendo. Com o treinador, o Ceará bota uma mão na taça da Copa do Nordeste com uma evolução dentro de campo.

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