Logo O POVO+
Operação da PF cumpre 31 mandados de prisão contra facção criminosa
CIDADES

Operação da PF cumpre 31 mandados de prisão contra facção criminosa

Operação Reino de Aragão teve como ponto de partida os ataques criminosos ocorridos neste ano no Estado. Lideranças da GDE foram alvo
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Operação cumpriu mandados em bairros como Vicente Pinzón, Conjunto Palmeiras e Aerolândia (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Foto: Divulgação/Polícia Federal Operação cumpriu mandados em bairros como Vicente Pinzón, Conjunto Palmeiras e Aerolândia

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de ontem, 18, operação que cumpriu 31 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão. O alvo da operação Reino de Aragão, como foi batizada, era a facção criminosa Guardiões do Estado (GDE), incluindo, suas lideranças. As investigações tiveram como ponto de partida os atentados criminosos ocorridos em janeiro e setembro deste ano. A operação contou com apoio do Ministério Público Estadual (MPCE), Polícia Militar (PM), Polícia Civil e Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Em entrevista coletiva, foi informado que as investigações mostraram que as ordens para os dois ciclos de ataques partiram das mesmas pessoas, integrantes da cúpula da facção. O nome que se sobressaiu na coordenação dos atentados foi o de Ednal Braz da Silva, o Siciliano, que já estava preso, em uma unidade prisional de Pernambuco.

Ele já havia sido alvo da operação Torre, deflagrada também pela PF, em setembro último, em combate à GDE. Siciliano é apontado como um dos fundadores e chefes da facção. Os investigadores reforçaram que as ordens para os ataques de setembro partiram de Pernambuco, onde os presos tinham acesso a celular — mensagens a partir de visitas também teriam sido uma das formas como as ordens chegaram ao Ceará.

As investigações tramitam em segredo de Justiça, motivo pelo qual os investigadores não informaram os nomes dos demais presos. Apesar disso, foi confirmado que outro alvo da operação foi a advogada Elisângela Maria Mororó. Ela também já se encontrava presa. Elisângela foi detida em 13 de novembro último, em Catarina (a 348 km da Capital). Com ela, foram presos dois outros homens, apontados como integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

Conforme a PF, a advogada tinha atuação ativa na facção, tendo ligação direta com Siciliano. "Ela é uma das mentoras (dos ataques)", afirmou o delegado federal Samuel Elânio, que chegou a dizer que a advogada instigava os ataques. Além de três homens apontados como lideranças da facção, os investigadores afirmaram que foram presas pessoas com atuação central na organização. Os investigados deve responder por crimes como dano qualificado, incêndio, participação em organização criminosa.

Até o final da manhã de ontem, 10 dos mandados de prisão haviam sido cumpridos, sendo seis contra pessoas que já estavam presas. Os mandados foram cumpridos nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Paraná — incluindo, os presídios federais Mossoró (RN) e Catanduvas (PR). Em Fortaleza, os mandados foram cumpridos em vários bairros, como Vicente Pinzón, Conjunto Palmeiras e Aerolândia. Além disso, houve cumprimento de ordens judiciais em Maranguape e Juazeiro do Norte. Não houve resistência, informou a PF. Foram empregados 140 policiais e duas aeronaves. Entre o material apreendido, celulares, computadores e mídias em geral, além de uma pequena quantidade de cocaína. (Com Leonardo Maia / Especial para O POVO).


O que você achou desse conteúdo?