Logo O POVO+
Região do Mondubim registra maior número de assassinatos na Capital
CIDADES

Região do Mondubim registra maior número de assassinatos na Capital

Durante paralisação de policiais militares, AIS 9 registrou 18 assassinatos
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
18º BATALHÃO foi epicentro do motim de PMs cearenses em fevereiro de 2020   (Foto: BÁRBARA MOIRA)
Foto: BÁRBARA MOIRA 18º BATALHÃO foi epicentro do motim de PMs cearenses em fevereiro de 2020

A região que mais sofreu em Fortaleza com a paralisação dos policiais militares com relação aos assassinatos foi a Área Integrada de Segurança (AIS) 9. A região de 11 bairros registrou 18 Crimes violentos Letais e Intencionais (CVLIs) entre 19 e 29 de fevereiro, último dia que teve dados disponibilizados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Os PMs firmaram acordo para voltar ao trabalho já na noite de 1º de março. Nesse período, ao todo, 289 CVLIs foram registrados no Estado, sendo 101 em Fortaleza.

A AIS 9 havia registrado no mesmo período do ano passado apenas quatro homicídios. A AIS 9, ao todo, é composta pelos bairros: Parque São José, Canindezinho, Maraponga, Jardim Cearense, Vila Manoel Sátiro, Conjunto Esperança, Parque Santa Rosa, Parque Presidente Vargas, Mondubim, Planalto Ayrton Senna e Conjunto José Walter. A SSPDS não divulga os assassinatos informando o bairro onde a ocorrência foi registrada, apenas por AIS.

Entre os crimes registrado nesse período na região, está o assassinato está o do ex-socioeducador John Lennon de Oliveira Araújo, de 28 anos, no Mondubim, no dia 29. Outra morte que gerou repercussão foi a de Lucas Mateus de Souza Gomes, no dia 26. Ele foi morto, também no Mondubim, logo após praticar um assalto, por uma pessoa ainda não identificada.

Em seguida, as regiões mais violentas na Capital depois da AIS 9 foram as áreas 3 e a 6, ambas com 17 assassinatos. A AIS 3 abrange bairros como Messejana, Barroso, Conjunto Palmeiras e Lagoa Redonda; já a AIS 6, tem bairros como Antônio Bezerra, Quintino Cunha e Bonsucesso.

Fora da Capital, o município que registrou o maior número de assassinatos foi Caucaia. Foram 31 assassinatos. No Interior, Juazeiro do Norte foi a cidade com o maior número de assassinatos, com 17 crimes, seguida de Canindé, com 7 ocorrências.

Quase todas os 289 assassinatos durante a paralisação dos PMs foram praticados por arma de fogo (270 crimes), foram registrados como homicídio doloso (quatro mortes foram registradas como latrocínio, uma como feminicídio e nenhuma como lesão corporal seguida de morte) e tem como vítimas homens (272 homens).

 

O que você achou desse conteúdo?