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Defensoria propõe retorno conjunto nas escolas privadas e públicas
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Defensoria propõe retorno conjunto nas escolas privadas e públicas

A intenção da Defensoria de formalizar a proposta ao Governo foi manifestada nesta quarta-feira, 8, durante a reunião do Comitê Consultivo criado pela Secretaria Estadual da Educação. Colégios particulares temem que a ideia retarde o retorno
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Investida dos profissionais junto ao parlamentar justifica-se pelo fato de ter sido Idilvan um dos responsáveis pela criação do cargo comissionado ainda em 2013 (Foto: Bárbara Moira)
Foto: Bárbara Moira Investida dos profissionais junto ao parlamentar justifica-se pelo fato de ter sido Idilvan um dos responsáveis pela criação do cargo comissionado ainda em 2013

A Defensoria Pública do Estado propõe que o retorno às aulas na rede pública do Ceará seja concomitante à volta das escolas privadas. A proposta preocupa os colégios particulares. É que as escolas privadas já davam como certo tocar o sino no próximo dia 20, quando começaria a fase 4 da reativação da economia pelo Governo cearense, mas não há ainda definição clara quanto às escolas estaduais.

A intenção da Defensoria de formalizar a proposta ao Governo foi manifestada nesta quarta-feira, 8, durante a reunião do Comitê Consultivo criado pela Secretaria da Educação do Estado (Seduc) cuja pauta era o retorno na rede estadual. O prazo para encaminhamento das propostas do encontro desta terça é esta sexta-feira, 10.

A defensora pública Mariana Lôbo (ex-secretária da Justiça do Estado) disse ao Blog Jocélio Leal que a intenção é garantir igualdade aos estudantes da rede pública, sobretudo aos alunos do terceiro ano do ensino médio, em fase pré-Enem.

Nas escolas privadas, plano de retorno já está feito. Dentre as medidas, turmas divididas na metade; todos de máscara, janelas e portas abertas; ar-condicionado só em último caso (limpeza diária de filtros); horários diferenciados de início da aula e dos recreios; álcool gel em todo lugar; limpeza intensificada e tapetes sanitizantes.

Os donos de colégios lidam com a pressão de parte dos pais de alunos por aulas presenciais. "Eles precisam da escola também como local para deixar os filhos, porque estão voltando ao trabalho", disse um diretor de escola particular. 

No âmbito estadual, a reunião desta terça, segundo Mariana, serviu para apontar diretrizes ao plano a ser implantado pela Seduc. Mariana pondera que a implantação de medidas de proteção envolve investimento em EPIs, por exemplo. Na primeira reunião, discutiram as escolas municipais, responsáveis pelo ensino fundamental.

No Comitê consultivo há representantes de professores (Apeoc), dos empresários de educação (Sinepe), dos prefeitos (Aprece), de estudantes (Ubes) e até do MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

O retorno é uma decisão a ser tomada pelo governador Camilo Santana (PT). Ele tem dito que vai bater o martelo com base nas orientações da Secretaria da Saúde (Sesa).

O diretor do Colégio 7 de Setembro, Henrique Soárez, representante do Sinepe-CE no Comitê, disse na reunião que os colégios vêm em preparativos desde 19 de junho, quando entregaram protocolo de retorno ao comitê gestor.

"A compra de materiais, o planejamento das aulas híbridas com turmas reduzidas, a capacitação de pessoal e a conscientização das famílias vêm ocorrendo com vistas ao retorno presencial, parcial e remoto, na fase 4, prevista para o próximo 20 de julho", afirmou.

Ele disse que o Sindicato reconhece os desafios a serem enfrentados para o retorno as aulas na rede pública. "Para além da compreensão com as realidades distintas entre redes, respeitamos os casos específicos diante da complexidade orgânica que exige preparação e logística a ser enfrentada pela rede pública. (Como o próprio CNE deixa claro no parecer de 7/jul). A ordem de grandeza é outra, a divisão de responsabilidades entre escola e família bem mais desafiadora".

 

Aulas no DF não retornarão em agosto

As aulas da rede pública do Distrito Federal não vão começar no dia 3 de agosto, data estabelecida em decreto editado pelo governador Ibaneis Rocha. A decisão foi anunciada após reunião entre o governante e o Sindicato dos Professores ontem, 8.

A autorização da retomada das aulas presenciais foi definida na semana passada em decreto assinado pelo governador. A volta às aulas presenciais fazia parte do processo de reabertura total divulgado pelo governo do DF. Segundo o calendário, no dia 27 de julho ficariam autorizadas a funcionar as instituições privadas. No dia 3 de agosto seria a vez das escolas públicas.

O cronograma previa a retomada das séries maiores às menores. Assim, as primeiras seriam as turmas de ensino médio, baixando para a educação infantil. As creches não podem reabrir por decisão judicial.

Foi acertado um processo de construção de um plano de retorno às aulas. Amanhã, 10, será realizada uma reunião entre representantes de trabalhadores do setor e a Secretaria de Educação para discutir o planejamento.

No caso da rede privada, o decreto permitiu o retorno a partir do dia 27 de julho, mas a definição acerca de aulas presenciais será de cada instituição de ensino. Caberá às escolas apenas respeitar as obrigações sanitárias de prevenção e mitigação da transmissão do novo coronavírus. (Agência Brasil)

 

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