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Reabertura de escolas estaduais no dia 1º ainda é incerta
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Reabertura de escolas estaduais no dia 1º ainda é incerta

Secretaria da Educação ainda prepara diagnóstico das escolas da rede em 44 municípios. Em Fortaleza, Prefeitura ainda decidirá sobre o retorno
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 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal

Decreto nº 33.742 do governador Camilo Santana autorizou o retorno gradual das aulas presenciais a partir de 1º de outubro em 44 municípios da macrorregião da saúde de Fortaleza. No entanto, ainda está indefinido quais escolas públicas estão aptas a reabrirem as salas de aulas para a volta dos estudantes.

De acordo com a Secretária da Educação do Ceará (Seduc), as Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação (Credes) e as Superintendências das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor) elaboram o diagnóstico das unidades. "Para que o retorno seja planejado com responsabilidade e segurança, considerando o contexto de cada unidade de ensino, a fim de promover o ensino público de qualidade e de forma equitativa", justifica o órgão estadual.

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A Seduc diz ainda que as escolas aptas ao retorno com atividades presenciais terão até 30 de setembro para planejarem a retomada, adequando o ensino remoto e presencial às respectivas realidades. O órgão não detalhou sobre o processo de adaptação da infraestrutura das unidades.

Texto publicado no último domingo, 20, no Diário Oficial do Estado (DOE), impõe série de medidas de biossegurança a serem tomadas na macrorregião de Fortaleza para volta às classes. Além de autorizar a volta gradual, com capacidade de 35%, da Educação de Jovens e Adultos (EJA); o 1º, 2º e 9º ano do Ensino Fundamental; a 3ª série do Ensino Médio e educação profissional e Educação Infantil, com 50% dos estudantes.

Nos demais municípios, foram liberadas apenas as turmas de educação infantil da rede privada, limitadas a 30%. Exceto na região do Cariri. Cabe aos municípios optarem pelo retorno conforme autorização e regulamentação do decreto governamental.

Procurada, a Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza (SME) não deu detalhes sobre como deve ocorrer o retorno e informou que, nos próximos dias, haverá reunião para avaliação das medidas e definição sobre a volta das aulas presenciais na capital cearense.

Mesmo com investimento e manejo de recursos na ordem de R$ 28 milhões para adaptação das unidades contra a Covid-19, a gestão municipal enfrenta a resistência de profissionais da educação que apontam estrutura ainda ineficiente para garantir a segurança da comunidade escolar. A pressão também ocorre na rede estadual. As representações sindicais já sinalizaram possibilidade de greve em caso de volta ao ensino presencial. A categoria propõe apenas aulas remotas até o fim do ano com fortalecimento da inclusão digital.  

A SME afirma que há levantamento feito junto às escolas, alunos e familiares para a tomada de decisões para retorno e intervenções, mas não disponibilizou o conteúdo ao O POVO.

A seccional cearense da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-CE), que presta apoio aos secretários de educação, também não se manifestou sobre a situação nas outras cidades cearenses e quais devem voltar ainda este ano ou apenas no próximo. A Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece) não respondeu aos questionamentos até a publicação desta matéria.

 

MUNICÍPIOS AUTORIZADOS

Acarapé

Amontada

Apuiarés

Aquiraz

Aracoiaba

Aratuba

Barreira

Baturité

Beberibe

Capistrano

Cascavel

Caucaia

Chorozinho

Eusébio

Fortaleza

General Sampaio

Guaiúba

Guaramiranga

Horizonte

Itaitinga

Itapajé

Itapipoca

Itapiúna

Maracanaú

Maranguape

Miraíma

Mulungu

Ocara

Pacajus

Pacatuba

Pacoti

Palmácia

Paracuru

Paraipaba

Pentecoste

Pindoretama

Redenção

São Gonçalo do Amarante

São Luís do Curu

Tejuçuoca

Trairi

Tururu

Umirim

Uruburetama

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