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150 escolas particulares de Fortaleza se preparam para a volta de mais turmas em outubro
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150 escolas particulares de Fortaleza se preparam para a volta de mais turmas em outubro

O Sinepe tem disponibilizado centros para testagens de professores e contabilizou que 4.913 profissionais foram testados antes da volta da Educação Infantil; outros 500 teriam realizado testes desde o último sábado, 26
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Preparativos no Colégio Master, da Bezerra de Menezes, para a volta às aulas presenciais (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR Preparativos no Colégio Master, da Bezerra de Menezes, para a volta às aulas presenciais

Atualmente, apenas creches e pré-escolas da rede privada podem realizar atividades presenciais. A partir da próxima quinta-feira, 1º, quatro anos letivos, tanto da rede particular quanto da rede pública, passam a estar liberados pelo governo estadual. Por isso, ainda nesta semana cerca de 150 escolas da rede particular de ensino de Fortaleza devem retomar aulas presenciais. É o que estima o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE).

"A gente estima essa volta porque foi essa a quantidade de escolas que enviaram ao Sinepe os requerimentos para realizar testagens em seus profissionais", explica Andrea Nogueira, presidente do Sindicato. De acordo com o protocolo estabelecido pelo Governo, todos os professores e demais funcionários dos colégios devem ser testados antes de retornarem ao trabalho presencial. O Sinepe tem disponibilizado centros para esses procedimentos e contabiliza que 4.913 profissionais foram testados antes da volta da Educação Infantil; outros 500 teriam realizado testes desde o último sábado.

Andrea afirma que as experiências de retorno com a Educação Infantil ocorreram com êxito e foram um aprendizado para as instituições de ensino. "Estamos nos preparando desde o fim de julho, tanto em estrutura quanto nas informações para os funcionários e famílias. Diversas soluções foram elaboradas e ainda é só uma porcentagem dos aluno que poderá voltar, então tem tudo para dar certo", assegura. Nesta etapa, está permitida a volta de 35% dos 1º, 2º e 9º anos do Ensino Fundamental; de 35% do 3º ano do Ensino Médio, incluindo educação profissional; e de 35% da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Já para as instituições de Ensino Infantil, foi autorizada a ampliação do limite de 35% para 50% da capacidade.

Silvina Moreno, diretora de ensino do Colégio Master, conta que o colégio entrou em contato com as famílias explicando a liberação estadual e as medidas sanitárias adotadas. "Estamos terminando de receber as respostas para organizarmos as logísticas das salas de aula. Temos quem optou por seguir no ensino remoto até o fim do ano e quem deseja ou precisa voltar agora", expõe. A fim garantir a segurança, a instituição se reestruturou e firmou parcerias com profissionais e unidades de saúde.

Para a diretora, além das mudanças de infraestrutura, o acompanhamento e as adaptações pedagógicas são um aspecto fundamental nesse momento. "São crianças e jovens que passaram todo esse tempo em distanciamento, alguns se enlutaram nesse período, é um momento muito delicado", afirma. "Além disso tem todas as questões do ensino remoto. A aprendizagem é diferente para cada um e nosso olhar nos próximos meses se voltará para os objetivos de aprendizagem que ainda não foram consolidados."

 

Turmas presenciais liberadas na macrorregião de Fortaleza

- Educação Infantil, com 50% da capacidade total;

- 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, com 35% da capacidade total;

- 9º ano do Ensino Fundamental, com 35% da capacidade total;

- 3ª série do Ensino Médio, incluindo educação profissional, com 35% da capacidade total;

- Educação de Jovens e Adultos, com 35% da capacidade total.

Macrorregião de Fortaleza

Além da capital, a macrorregião inclui Acarape, Amontada, Apuiarés, Aquiraz, Aracoiaba, Aratuba, Barreira, Baturité, Beberibe, Capistrano, Cascavel, Caucaia, Chorozinho, Eusébio, General Sampaio, Guaiúba, Guaramiranga, Horizonte, Itaitinga, Itapajé, Itapipoca, Itapiúna, Maracanaú, Maranguape, Miraíma, Mulungu, Ocara, Pacajus, Pacatuba, Pacoti, Palmácia, Paracuru, Paraipaba, Pentecoste, Pindoretama, Redenção, São Gonçalo do Amarante, São Luís do Curu, Tejuçuoca, Trairi, Tururu, Umirim e Uruburetama.

 

Protocolo para a volta às salas de aula

- Adaptar horários de entrada, saída e intervalo das aulas para evitar aglomerações

- Medir a temperatura, no momento da entrada, de todas as pessoas que chegarem na instituição

- Estruturar sistema obrigatórios de higienização de mãos com álcool em gel 70% e calçados em soluções sanitizantes

- Reorganizar turmas para garantir que os alunos possam ser acomodados com distância igual ou superior a 1,5 metro entre si

- Adaptar bebedouros para uso somente como forma de encher garrafas pessoais

- As cantinas de instituições de ensino privadas deverão permanecer fechadas

- Refeições deverão ser feitas dentro da sala de aula ou com uso escalonado do refeitório

- A instituição de ensino deve conferir se a carteira de vacina dos alunos e profissionais está

atualizada

- Todos os membros da equipe serão convidados a fazer um teste COVID-19 nos dias anteriores ao primeiro dia de aula

- Promover o isolamento imediato de qualquer pessoa que apresente sintomas da covid-19,

orientando-a, e a seus familiares, a realizar o imediato procedimento de quarentena de 14 dias em sua residência

Fonte: Protocolo Setorial 18 - Setor de Educação - Atividades administrativas e aulas práticas

 

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