Ainda com limitações para evitar a proliferação do novo coronavírus, as escolas particulares do Ceará se preparam para iniciar o ano letivo de 2021 a partir da próxima semana. Conforme o Sindicato de Educação da Livre Iniciativa do Ceará (Sinepe-CE) de 12 a 20 de janeiro, gradualmente, as instituições devem retomar as aulas em modelo híbrido, ou seja, combinando classes presenciais e remotas. Porém, a maior parte das unidades reabre no próximo dia 18.
| LEIA MAIS | Apenas 18,2% dos alunos do Ensino Médio confirmaram matrícula para 2021
Presidente do Sindicato, professor Airton Oliveira reforça a necessidade de os responsáveis enviarem os filhos de volta à escola, seja na rede pública ou na rede privada. “As famílias devem matricular os estudantes. É uma segurança maior, emocional e neurológica, quando crianças e jovens estão nas escolas. Nossa volta será gradativa e segura. Não vem todo mundo. Estamos seguindo os faseamentos e todos os protocolos estabelecidos”, garante.
Questionado se a lista de material escolar deve sofrer alguma alteração, tendo em vista a redução de encontros presenciais, Airton afirma que não há essa perspectiva frente às necessidades de conteúdo, que permanecem as mesmas apesar dos espaços diferentes de aprendizado. “O aluno não vai trabalhar menos porque está em casa. Há um cronograma a ser cumprido.”
No Colégio Antares, a maioria das turmas volta a partir de 12 de janeiro, com exceção do Ensino Médio. O 3º ano retorna no dia 25. Já o 1º e o 2º ano ainda continuam sem previsão porque o retorno dos adolescentes ainda não foi autorizado pelo governo do Estado. “A gente tentou permanecer o mais próximo possível do ano passado. Sem alteração do livro didático, por exemplo, exatamente para não ter dificuldade para a família.”
O representante desconhece instituições que permaneçam totalmente em ensino remoto. Ele destaca que a decisão é da família, tanto manter totalmente à distância quanto aderir ao presencial. Com isso, as instituições têm se adaptado para atender as demandas de estudantes e responsáveis.
Nas unidades do Colégio Ari de Sá Cavalcante, as atividades ocorrem a partir do dia 18, com progressão das séries. Ou seja, não há retorno com todas as turmas na mesma data e o aumento de fluxo será gradativo, dentro do percentual autorizado pelo Governo do Estado para evitar a proliferação do novo coronavírus. Todos os níveis de ensino terão ensino híbrido.
“Ao lidar com a pandemia, fizemos grande esforço para encontrarmos meios de estruturarmos uma rotina mais próxima possível da rotina regular do aluno”, esclarece Luciana Colaço, diretora de ensino da instituição. A porta-voz pontua ainda que apenas materiais de uso individual foram solicitados à comunidade escolar.
Na data limite orientada pelo Sinepe-CE, o Colégio Master inicia o ano letivo de 2021 em 20 de janeiro, com Educação Infantil, Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II. Ainda no modelo híbrido, cada grupo terá uma semana na escola. Na semana seguinte, estuda remotamente. A instituição detalha que, caso necessário, pela quantidade de alunos a confirmar, mais grupos serão formados para o ensino presencial. As informações devem ser repassadas às famílias.
“Ainda não temos fechada a quantidade de alunos que retornarão para o ensino presencial, pois está sendo realizada a pesquisa direcionada às famílias sobre o retorno presencial dos alunos. Seguiremos o percentual autorizado pelos órgãos de saúde e Governo do Estado”, diz a instituição em nota. Protocolo próprio da rede Master foi desenvolvido em parceria com o Hospital Monte Klinikum.