De janeiro para o início da quadra chuvosa no Ceará, em fevereiro, o cenário nos açudes vai modulando. Quando o ano virou, o volume total do Estado era de 25,8%, o melhor em sete anos. Já no dia 20 de fevereiro, o volume é de 24,48%, segundo boletim diário da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Mesmo com a leve redução, os reservatórios dão indícios de recarga. De janeiro para cá, 14 açudes, dos 155 monitorados pela Cogerh, ultrapassaram a marca de 30% de volume. No começo do ano, 65 estavam abaixo de 30%, enquanto no dia 20 de fevereiro, eram 51.
Ao mesmo tempo, os cearenses já puderam ler a feliz notícia de um açude sangrando, o Caldeirões, em Saboeiro (167,9 km de Fortaleza). Ainda não há outro reservatório com mais de 90% de volume. Enquanto isso, do dia 19 a 20 de fevereiro, foram registrados aportes em 44 reservatórios, com recarga de 2,7 milhões de metros cúbicos (m³). No acumulado de 2021, a recarga é de 122,10 milhões de m³.
No entanto, vale ressaltar que a recarga só é efetiva quando há chuva em dias consecutivos, especialmente no Cariri. Na região está a Bacia do Salgado, de onde vêm as águas que abastecem os principais açudes do Estado. Veja como tem sido a chuva no Cariri em 2021:
De acordo com dados do Portal Hidrológico do Ceará relacionados ao aporte dos reservatórios, a semana de 11 de fevereiro a 17 de fevereiro registrou aumento de 27.377.892 m³ no volume armazenado. O período coincide com a frequência de chuvas em mais municípios cearenses e acumulados máximos maiores no Estado.
Desde 9 de fevereiro, as precipitações têm atingido boa parte do Ceará - com destaque ao dia 17, quando choveu em 154 municípios. Os dados são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A previsão é que até terça-feira, 23, as chuvas se concentrem no Litoral Norte e na Ibiapaba, noroeste do Ceará.