A situação da Covid-19 em Fortaleza é de queda há três semanas. A taxa de positividade de casos atingiu 11%. A média móvel atual de casos atual é de 22, o que representa queda de 89% em relação ao que foi registrado duas semanas atrás: 192,9. Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) publicado nesta terça-feira, 20.
Entre os dias 13 e 19 de dezembro, das 688 amostras (RT-PCR) de residentes de Fortaleza analisadas pelos laboratórios da rede pública, 76 deram resultado positivo. Neste período, preliminarmente, nenhuma morte foi confirmada.
O cenário atual é de circulação viral moderada, com tendência de redução, segundo o documento.
Foram confirmados três óbitos ocorridos no fim de novembro e um óbito em dezembro. Os quatro pacientes tinham mais de 65 anos e eram portadores de comorbidades. Um deles tinha 99 anos.
A SMS relaciona que as mortes coincidem com "período de maior transmissão deste quinto ciclo epidêmico". Os óbitos interromperam período de 102 dias sem desfechos com mortes por Covid-19 em Fortaleza.
Até o momento, a quinta onda "não mudou significativamente o padrão de mortalidade". Ainda de forma preliminar, é possível perceber que, apesar da quinta onda, o último trimestre (de outubro a dezembro), foi o menos letal da pandemia.
O crescimento da quinta onda se consolida em novembro, que fecha com média diária de 190 casos. "No entanto, a transmissão cai novamente em dezembro (média decresce quase 50% na primeira quinzena), sinalizando, através do decaimento, a ultrapassagem do pico da quinta onda epidêmica", aponta.
Na última semana de novembro, registros indicam que a circulação do vírus começou a desacelerar. Depois, a queda iniciou se repetiu nas semanas posteriores.
"Houve novamente queda significativa do número de casos e da positividade das amostras nas duas últimas semanas", concluiu o acompanhamento. Análise permite "afirmar que o pico desta quinta onda epidêmica ocorreu na transição entre novembro e dezembro de 2022".
"Embora as duas sublinhagens da ômicron (BQ.1; BE.9) circulantes tenham alta transmissibilidade (escape vacinal), não há evidência de que produzam casos mais graves", informa a secretaria.
A pasta garante que "a vigilância genômica deve continuar sendo realizada para monitoramento da situação atual e detecção oportuna de novas variantes". O uso de máscaras no transporte público, em demais ambientes fechados e de aglomeração, ainda é fortemente recomendado no atual cenário epidemiológico, na avaliação da SMS.
"Aumento da cobertura vacinal com esquema completo em todas as faixas etárias é, junto com a adoção de medidas não farmacológicas pelos grupos mais vulneráveis, a estratégia crucial de prevenção e controle da doença", aponta.