Começou o fenômeno meteorológico El Niño, com consequências para todo o planeta ao promover eventos climáticos extremos, informou a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) nessa quinta-feira, 8.
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É caracterizado pelo aquecimento da superfície do Oceano Pacífico oriental equatorial e ocorre a cada 2 a 7 anos, em média. No Ceará, o efeito disso pode ser a diminuição das chuvas. Caso ainda persista até o fim do ano, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Estatística (Funceme), o El Niño pode afetar a quadra chuvosa de 2024.
Na coletiva de imprensa sobre a quadra chuvosa de 2023, o presidente da Funceme, Eduardo Sávio, já havia alertado para a alta possibilidade de formação do fenômeno.
"Dependendo de sua força, o El Niño pode causar uma variedade de impactos, como o aumento do risco de chuvas fortes e secas em algumas partes do mundo", disse a climatologista da NOAA Michelle L'Heureux, acrescentando que também pode causar temperaturas recordes.
"As mudanças climáticas podem exacerbar ou mitigar certos impactos relacionados ao El Niño. Por exemplo, o El Niño pode gerar novos recordes de temperatura", explicou.
A última vez que o fenômeno foi observado, no fim de 2015 e em 2016, o Ceará teve uma quadra chuvosa com 40% de chuva a menos do que o esperado para o período. A menor quantidade de precipitações impactou diretamente o nível dos açudes do Estado.
“Embora este ano a gente tenha um bom aporte dos nossos reservatórios, se a gente tem essa preocupação, que o ano que vem pode ter chuvas não muito boas, então tem que gerenciar bem as águas dos reservatórios”, explicou Meiry Sakamoto, gerente de meteorologia da Funceme, em entrevista dada ao O POVO.
Em maio, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) previu que o período 2023-2027 será o mais quente já registrado na Terra, sob o efeito combinado do El Niño e o aquecimento global causado pelas emissões de gases de efeito estufa.
O fenômeno oposto, La Niña, que tende a provocar a queda das temperaturas, chegou há três anos. El Niño tende a moderar a atividade dos furacões no Atlântico, mas a favorece no Pacífico, segundo a NOAA. A Austrália alertou esta semana que o El Niño aumentará as temperaturas em um país já vulnerável a incêndios florestais.
Céu variando de parcialmente nublado a sem nuvens em todas as macrorregiões, com baixa possibilidade de chuva isolada na faixa litorânea, na Jaguaribana, no Cariri e no Sertão Central e Inhamuns.
Céu variando de parcialmente nublado a poucas nuvens em todas as macrorregiões, com baixa possibilidade de chuva isolada na faixa litorânea, no Cariri e no Sertão Central e Inhamuns.
Céu variando de parcialmente nublado a poucas nuvens em todas as macrorregiões com baixa possibilidade de chuva isolada na faixa litorânea
Com AFP