Talita Lopes Falcão, de 34 anos, morreu nesta segunda-feira, 3, no Instituto Doutor José Frota (IJF), Centro de Fortaleza. Ela estava internada em estado grave após ter 80% do corpo incendiado. O suspeito é o ex-companheiro da vítima, Jorge Luís Santos de Carvalho, que foi preso em flagrante pelo crime.
A informação do falecimento foi confirmada ao O POVO pela advogada de Talita, Mariana Diniz.
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No dia 12 de junho, Dia dos Namorados, Talita teria sido atacada pelo ex-companheiro, contra o qual mantinha medida protetiva. O homem teria jogado gasolina contra o corpo de Talita e em seguida ateado fogo. As informações são dos autos do processo e foram obtidas pelo O POVO por meio do documento de audiência de custódia. Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
A advogada Mariana Diniz acompanhava a situação de Talita. A vítima havia denunciado ameaças após se separar do companheiro. O suspeito não aceitava o fim do relacionamento.Segundo informações da advogada, Talita viveu 10 de anos de um relacionamento conturbado, quatro anos morando juntos e, quando Talita se mudou para morar com a mãe, teriam começado as perseguições e ameaças. A situação se arrastava de forma que Talita não saía mais de casa, estava reclusa e temerosa.
A advogada relatou que a mulher era vítima de violência psicológica, patrimonial e que era reclusa e não saía de casa em virtude das ameaças do ex-companheiro, que a perseguia. Ela afirma que o homem chegou a comentar, com a filha do casal, meses antes do crime, que iria "tocar fogo na mamãe".