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Equipes do Governo Federal avaliam que colapso de mina em Maceió não aumenta riscos
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Equipes do Governo Federal avaliam que colapso de mina em Maceió não aumenta riscos

Análise técnica de Ministério de Minas e Energia e do Serviço Geológico do Brasil aponta que rompimento de mina da Braskem sob lagoa foi incidente localizado
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Foto de apoio ilustrativo - Vista aérea do terreno submerso em um terreno no bairro Mutange, em Maceió, Alagoas, Brasil, em 1º de dezembro de 2023 (Foto: Robson Barbosa/AFP)
Foto: Robson Barbosa/AFP Foto de apoio ilustrativo - Vista aérea do terreno submerso em um terreno no bairro Mutange, em Maceió, Alagoas, Brasil, em 1º de dezembro de 2023

Avaliação de equipes técnicas do Ministério de Minas e Energia (MME), do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e da Agência Nacional de Mineração (ANM) apontam que colapso da mina 18, sob a lagoa do Mundaú, em Maceió (AL) foi um incidente localizado, sem maiores repercussões.

Os especializadas ligados ao Governo Federal avaliara dados apresentados pela Defesa Civil de Maceió, e apontaram que não houve danos maiores aparentes ou risco a vidas. O caso ocorreu na região do bairro Mutange, um dos cinco esvaziados no Município por risco de afundamento decorrente do colapso ocasionado pela mineração de sal-gema na região.

Segundo a nota dos órgãos, o colapso ocorreu "após um aumento na velocidade de subsidência do solo nas últimas 48 horas".

Ocorreram ainda dois sismos (tremores de terra) de pequena magnitude na região, horas antes do colapso propriamente dito, segundo dados da Rede Sismográfica, operada pelo SGB.

O Ministério das Minas e Energias conclui ainda apontando que seguirá monitorando a situação junto às autoridades de Maceió, atuando com foco nos impactos à população.

 

Maceió afunda?

A crise na região das minas da empresa mineradora Braskem em Maceió foi deflagrada em 2018. À época, uma série de sismos foram registrados e, sob risco de colapso de minas, milhares de pessoas foram evacuadas de três bairros (Mutange, Pinheiro e Bebedouro).

Diante do monitoramento, parte de outros dois bairros (Farol e Bom Parto) precisaram ser evacuados, totalizando 55 mil pessoas retiradas, com 14 mil imóveis esvaziados.

Desde a semana passada, a Defesa Civil de Maceió esperava pelo colapso da mina 18, escavada sob a Lagoa do Mundaú. Segundo Hugo Carvalho, coordenador Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió (Cimadec), o afundamento da região monitorada passou de milímetros por ano para centímetros por hora.

Em 29 de novembro, havia sido emitido alerta de colapso iminente da mina 18.

Colapso parcial da mina

A mina de sal-gema da Braskem em Maceió, que está em risco de colapso iminente, sofreu ruptura parcial neste domingo, 10, embora a área afetada já tenha sido evacuada, informaram as autoridades.

"Às 13h15 de hoje, a mina 18 sofreu um rompimento no trecho da lagoa próximo ao [bairro] Mutange", informou o prefeito João Henrique Caldas (PL), na plataforma X (antigo Twitter).

"A Defesa Civil de Maceió ressalta que a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas. Novas informações sobre o assunto estão sendo obtidas e serão compartilhadas assim que possível", acrescentou.

Vídeos difundidos pela imprensa local mostraram grandes bolhas marrons se formando na superfície da água no momento da ruptura da mina, que se situa majoritariamente sob a lagoa Mundaú.

A Braskem informou, em um comunicado, que um "movimento atípico" foi detectado na mina e que "segue colaborando" com as autoridades.

O sal-gema é a matéria-prima usada na produção de tubos de PVC e soda cáustica. A Braskem, que opera 35 minas em Maceió, pertence majoritariamente à Novonor, ex-Odebrecht. (AFP)

 

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