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Evento no residencial José Euclides demanda Agência Comunitária dos Correios
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Evento no residencial José Euclides demanda Agência Comunitária dos Correios

A unidade chegaria para que a população tenha acesso a serviços como o recebimento de postais, encomendas e informes referentes a seus benefícios
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Durante a visita do secretário nacional das periferias, os moradores de conjuntos habitacionais do minha casa minha vida apresentaram suas demandas, dentre elas as agências de correio comunitárias (Foto: Gabriela Monteiro/ O POVO)
Foto: Gabriela Monteiro/ O POVO Durante a visita do secretário nacional das periferias, os moradores de conjuntos habitacionais do minha casa minha vida apresentaram suas demandas, dentre elas as agências de correio comunitárias

Na Zona Viva do residencial José Euclides, moradores e visitantes de outras unidades do Minha Casa Minha Vida, espalhadas por Fortaleza, fizeram um pedido: uma Agência Comunitária dos Correios. A demanda da população também é por um Código de Endereçamento Postal (CEP) para blocos e apartamentos — uma forma de facilitar o recebimento de encomendas postais, benefícios, além de usufruir de outros serviços ofertados pelos correios.

O pedido foi feito ao secretário nacional das periferias, Guilherme Simões, durante sua visita ao residencial na tarde desta sexta-feira, 11, em meio à programação do Periferia Viva na Capital. Ao O POVO, ele explica que a articulação da agência vem sendo feita há alguns meses junto aos Correios, e que a ideia é que a iniciativa seja replicada em todo o Brasil.

"É muito importante entender que ter um endereço, ter um lugar em que você pode acessar serviços básicos, é algo fundamental na vida de qualquer pessoa. Tem milhões de brasileiros que não conseguem matricular seus filhos nas escolas ou cadastrar a sua família num Cras, ou numa UBS por falta de endereço, por falta de comprovante de endereço", disse. 

Simões disse ainda que trazer o projeto "CEP para Todos" — projeto do Governo Federal que busca levar endereçamento postal formal para favelas e comunidades urbanas — é possibilitar dignidade para as pessoas. "Não é um favor ou um assistencialismo. É um direito básico, as pessoas têm direito a morar em um local onde elas possam receber suas encomendas, seus benefícios com dignidade". 

Em uma reportagem publicada no dia 1º de julho, O POVO traz um panorama da dificuldade dos moradores destes conjuntos habitacionais que, pela falta de CEP, não têm acesso aos Correios. 

Cristiane Tam, de 63 anos, mora no residencial há pouco mais de seis meses, e comenta que a chegada de uma agência comunitária no residencial seria de grande ajuda, já que, muitas vezes, é necessário de deslocar para agências dos correios em outros bairros, como na Messejana ou até no Centro. 

"Sempre eu tenho que ir pra Messejana e é um pouquinho distante daqui. Ai precisa ir lá para resolver alguma coisa e correr para voltar para casa, mas com essa agência aqui vai facilitar demais para a comunidade. Digo isso porque além da gente conseguir enviar e receber nossas encomendas, muitos moradores que não podem sair por conta da idade ou por terem a mobilidade reduzida não vão precisar dar uma viagem para resolver o que vai poder ser resolvido aqui", diz.

Agência dos Correios potencializará ações no território

A busca pela agência é uma reivindicação antiga dos moradores dos residenciais do Minha Casa, Minha Vida. Segundo a coordenadora do projeto Zona Viva, Arlete Silveira, a partir do evento desta sexta-feira, a demanda será levada para as esferas políticas para que seja discutida a melhor estratégia para a implantação da agência. 

"O equipamento [Zona Viva] busca potencializar a identidade desses locais, entender o DNA desses territórios. E, a partir da discussão de hoje neste espaço, vamos entender como podemos melhorar e potencializar o que o território tem de melhor e, com certeza, a chegada dessa agência vai melhorar e muito a vida das pessoas que vivem aqui", explica.

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