Em meio ao nervosismo, camisas motivacionais e orações coletivas, a Universidade Estadual do Ceará (Uece) recebeu ontem, 13, a aplicação das provas do concurso público da Polícia Militar do Estado do Ceará (PMCE).
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As oportunidades são destinadas a homens e mulheres, com vagas distribuídas entre ampla concorrência e cotas para candidatos negros. Ao todo, serão convocados mil candidatos para o cargo de soldado, além de outros 500 para formação de cadastro reserva. As provas seguem sendo aplicadas até as 18 horas.
Além da Uece, o exame foi realizado em 90 locais, com 50 mil candidatos distribuídos em 1.382 salas de aplicação nos municípios de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú e Maranguape.
A maratona de estudos e a esperança por uma carreira na segurança pública motivaram histórias marcantes. Pedro Lucas, 23 anos, natural de Maranguape, realizou a prova no Instituto Federal do Ceará (IFCE), no próprio município.
“A expectativa para a prova é a melhor possível. Estou confiante, porém é inevitável a ansiedade diante de todo o trabalho feito até aqui. Foram 11 meses árduos de preparação, com muita dedicação, abdicação e disciplina. Hoje iremos apenas concretizar tudo que foi trabalhado na preparação. Se for da vontade de Deus, será”, afirmou.
Fortalezense, Iarley Brito, de 25 anos, também prestou a prova na Uece e vem numa trajetória longa de tentativas.
“Estou há três anos estudando para a PMCE e acredito que todas essas 50 mil pessoas fizeram o mesmo. Creio que vai dar certo para quem se esforçou e se empenhou. Mas, se não der certo desta vez, não irei desistir. Este é meu quinto concurso”, contou.
Natural do Eusébio, Martina, de 26 anos, sonha desde cedo com a carreira militar, inspirada pelo pai. “Após esforços de anos de estudo, o dia esperado chegou. Espero que todo esse tempo em que busquei focar seja retribuído ao longo da prova. Meu sonho de carreira começou com meu pai, que também é da área. Espero sucesso para continuar esse legado, e caso não consiga passar agora, tentarei novamente”, prometeu.
A preparação para o concurso da PMCE vai além do estudo. Candidatos também se dedicam intensamente ao preparo físico, exigido na etapa seguinte, o Teste de Aptidão Física (TAF).
A exigência, no entanto, acabou provocando lesões em alguns participantes, como foi o caso de Henrique, 23 anos, que não quis ter sobrenome identificado. Mesmo usando muletas, ele fez questão de comparecer à prova.
“Me lesionei treinando para o TAF, mas não podia deixar de fazer essa etapa. Agora é torcer para passar e depois me recuperar para estar pronto no teste físico”, relatou.
Pelos corredores e arredores das instituições, era possível ver candidatos usando camisetas com frases motivacionais como “Lute pelos céus”, “Somos imparáveis” e “Jamais recuar”. A vestimenta virou símbolo de coragem e resiliência entre os participantes.
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Pouco antes da liberação dos portões, às 12 horas, cenas de apoio e fé se multiplicaram. Familiares, amigos e até outros concurseiros se uniram em orações, puxando em coro um “Pai Nosso” com o objetivo de fortalecer quem se preparava para enfrentar a prova.
O concurso da PMCE terá outras etapas importantes nas próximas semanas. Confira o cronograma: