O governador Elmano de Freitas (PT) reafirmou, em entrevista em Belém, durante a COP30, na green zone, que a empresa Aerotrópolis Empreendimentos "extrapolou a licença" para atuar na chamada "Floresta do Aeroporto", área desmatada na proximidade do Aeroporto de Fortaleza e disse que o governo, ainda, vai conversar com a empresa sobre possíveis compensações na área.
Para Elmano, trata-se de uma situação específica, por ser uma área de um aeroporto, pois toda aquela área foi pensada e construída para ser um aeroporto. Ele também ressaltou que o equipamento na capital cearense é um dos poucos aeroportos do Brasil que fica dentro de uma cidade e que tem área de expansão.
“Tanto que quando a Lei da Mata Atlântica foi feita no País, ela fez exceção, exatamente em situações como nós temos lá. Então precisamos tomar uma decisão. É impossível pensar economicamente bilhões de reais para levar o aeroporto de Fortaleza para fora da Capital. Isso nós não temos condição de realizar”, enfatizou o governador.
Assim, ele afirmou que o governo vai buscar compatibilizar o que é que pode ser preservado da mata que tem lá e o que é que é necessário para o aeroporto não ficar sem condição de ampliação.
“Para ele poder ser viável, inclusive, para atender aquilo que é necessário para a concessão que foi feita para a Fraport”. Ele também sinalizou que uma votação deve ser ser feita, na Câmara Municipal de Fortaleza, para ter definição da Zona de Preservação Ambiental (ZPA). “Vamos ver como o Plano Diretor de Fortaleza vai definir a destinação daquela área”, finalizou.
Carol Kossling/Especial para O POVO
Enviada a Belém